Paleontologia: Novo fóssil é encontrado em Linha Bernardino

Uma nova descoberta que pode colocar Candelária novamente em evidência no cenário internacional das pesquisas paleontológicas. Na tarde do último sábado, 11, uma equipe do Laboratório de Paleontologia de Vertebrados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, composta pelos paleontólogos Dr. Cesar Leandro Schultz e Dr. Agustin Martinelli, acompanhados de três alunos e dos integrantes do Museu Aristides Carlos Rodrigues, Carlos Nunes Rodrigues e Belarmino Steffanello, se deslocaram até a localidade de Linha Bernardino, em uma área próximo à Cerâmica Kottwitz, onde realizaram a retirada de um fóssil paleontológico com uma extensão de 40cm em situação semiarticulada, além de outros fósseis menores soltos. O bloco com o material fossilífero foi delimitado, imobilizado com gesso e retirado, sendo encaminhado para o Museu Aristides Carlos Rodrigues. 
De acordo com o curador do museu candelariense, Carlos Nunes Rodrigues, a descoberta ocorreu no dia 13 de setembro, quando os pesquisadores da UFRGS trouxeram a Candelária a visita do Dr. Martin Ezcurra, do Museu Argentino de Ciências Naturais Barnardino Rivadávia, de Buenos Aires, que veio conhecer o triássico brasileiro. "O Dr. Agustin Martinelli encontrou um fragmento e, após análise em Porto Alegre, se constatou ser parte de um osso longo, de paredes finas, compatíveis com os dinossauros", conta Rodrigues.
Após ser retirado, o material foi encaminhado para o Museu, onde será tombado no acervo paleontológico. Rodrigues confirmou que o fóssil será enviado para o laboratório de vertebrados da UFRGS, em Porto Alegre, para uma análise mais aprofundada. "Ainda não se sabe o nome. É um material raro, pois a idade da rocha coincide com o nascimento dos dinossauros", frisou. Rodrigues confirmou que esse é o segundo fóssil encontrado na Linha Bernardino. "É uma boa expectativa de mais um animal importante achado em nosso município, mostrando que Candelária está sempre contribuindo com informações do passado profundo da pré-história para a ciência internacional", finalizou o curador.