Por: Redação
Governo planeja estender auxílio emergencial, mas com valor abaixo de R$ 600,00
Revelação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Valor a ser pago após os três meses ainda não foi informado
Em meio à repercussão da divulgação de um vídeo de uma reunião ministerial realizada no dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu entrevista à rádio Jovem Pan, na qual informou que o auxílio emergencial de R$ 600,00 terá uma quarta e talvez até uma quinta parcela. Os recursos são repassados para trabalhadores informais prejudicados pelos efeitos da pandemia do coronavírus. Na entrevista veiculada no início da noite de sexta, 22, o presidente observou, no entanto, que o valor pago será diminuído. “Conversei com o Paulo Guedes [ministro da Economia] que vamos ter que dar uma amortecida nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600,00. Eu não sei quanto vai ser, R$ 300,00 R$ 400,00; e talvez tenha a quinta (parcela). Talvez seja R$ 200,00 ou R$ 300,00. Até para ver se a economia pega", observou Bolsonaro.
Em reunião com empresários na terça, 19, Guedes havia admitido a possibilidade de prorrogar o auxílio. Segundo o ministro, a extensão poderia ocorrer por um ou dois meses, mas com um corte para R$ 200,00. O auxílio foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em abril, maio e junho. Com a prorrogação por dois meses, permaneceria até agosto.
O discurso pela prorrogação representa uma mudança de posição da equipe econômica, antes contrária à extensão da medida. Mesmo assim, a redução do montante concedido é defendida como fundamental. Guedes defende a redução do valor por causa das limitações das contas públicas. O ministro propôs uma ajuda de R$ 200,00 no começo da pandemia, mas o governo aceitou elevar o montante para R$ 600,00 após pressões do Congresso.