Especial: Os pioneiros colonizadores: abrindo picadas (Por Protásio Moreira Knewitz )

“Em 25 de julho comemora-se, no Rio Grande do Sul, o Dia do Colono e do Motorista. Esta comemoração, que se repete todos os anos, só tem sentido quando refletimos por que essas categorias mereceram um dia do ano dedicado à memória dos pioneiros, daqueles que abriram e consolidaram os caminhos que hoje outros estão palmilhando.

O colono e o motorista de hoje têm à sua disposição, por toda parte, casas de comércio, farmácias, médicos, escolas, igrejas, armazéns, supermercados, estradas consolidadas e asfaltadas, por toda parte telefones, luz elétrica, rádio, televisão, correios e telégrafos e algumas centenas de coisas mais, como bancos, sindicatos, coletorias, oficinas, fábricas, etc. E muitos – muito mais do que seria razoável – chegam a pensar que tudo isso que aí está tenha caído do céu por descuido. Na realidade, os fatos são muito diferentes disso.

A notícia mais antiga da presença de colonos em território hoje candelariense data de 1853. Não existem registros, como os que são encontrados quando se pesquisa sobre colônias que foram dirigidas e controladas, desde seu início, por funcionários nomeados pelo Governo Provincial da época. Sabe-se que em 1849 foi estabelecida a colônia da Picada Santa Cruz (Picada Velha), no município de Santa Cruz do Sul. Distribuídos todos os lotes daquela picada, veio a colonização oficial do Rio Pardinho, em 1852.

É, pois, bastante provável que algumas famílias de imigrantes alemães – por não terem se agradado do local ou das terras, ou ainda, por não terem conseguido terras ali – hajam seguido mato adentro, vindo a estabelecer-se em terras hoje candelarienses, ao norte do município (entre 1852 e 1853).”

(Confira a íntegra do texto do autor do Hino a Candelária na edição da Folha dedicada ao Colono e Motorista, do último dia 25 de julho)