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Geral 31/01/2025 11:46
Por: Arthur Mallmann

Hospital Candelária esclarece funcionamento do plantão médico

Gestores explicaram processos internos, destacando dados sobre atendimentos

  • Rosemari Hofmeister apresentou dados e relatórios (Foto: Diego Foppa | Folha de Candelária
  • Foto: Arthur Lersch Mallmann | Folha de Candelária
Após pedido dos vereadores Ismael Soares (P), Jair Ratdke (MDB) e Mateus Böck (PL) realizados na Sessão Ordinária do dia 20 de janeiro, os administradores da Sociedade Beneficente Hospital Candelária, Júlio Stefanello e Lairton Kuhn, e a assessora jurídica da casa de saúde, Rosemari Hofmeister, compareceram à Câmara na segunda, 27, para prestar esclarecimentos acerca de atendimentos no plantão. 

Durante a sessão, Rosemari Hofmeister apresentou dados sobre os serviços prestados pelo hospital, destacando que a instituição, apesar de privada, possui convênios diversos e metas qualitativas e quantitativas a cumprir em relação aos recursos públicos recebidos. Segundo ela, o contrato firmado estipula um mínimo de 1.295 atendimentos mensais, mas, em 2024, a média mensal foi de 2.214,5 atendimentos, sem que nenhum mês ficasse abaixo de 2 mil consultas.

A assessora jurídica reforçou que o plantão 24h do Hospital Candelária é destinado prioritariamente a casos de urgência e emergência. Como o município não possui atendimento nas Unidades Básicas de Saúde no período noturno, fins de semana e feriados, o hospital acaba se tornando referência nesses horários. No entanto, o atendimento segue protocolos internacionais de classificação de risco: vermelho (emergência), amarelo (urgência), verde (prioridade não urgente) e azul (baixa complexidade).

Dos 24.661 atendimentos realizados no ano passado, 21.121 foram classificados como ficha azul, o que representa 85,6% do total. Isso significa que a maioria dos atendimentos no plantão não eram casos de urgência ou emergência e poderiam ter sido resolvidos na atenção primária de saúde. “Nós temos uma média diária de 67 atendimentos. Vocês imaginem se, destes, 40 chegam depois das 17h, sendo que a maioria absoluta é ficha azul. É natural que haja reclamações sobre o tempo de espera”, ponderou.

A advogada também esclareceu que, apesar das demandas elevadas, o hospital conta com médicos de plantão 24 horas para atender a população. Ressaltou ainda que o tempo de espera para pacientes de classificação azul, conforme protocolos internacionais, pode chegar a quatro horas, ou ser encaminhado a outro serviço de saúde. Para reforçar a questão do “copo meio cheio ou meio vazio”, Hofmeister apresentou elogios registrados na ouvidoria por usuários do serviço.
 

Veja a apresentação na íntegra



Vereadores sugerem plantão com pediatra presente

Na oportunidade, os vereadores Ismael Soares (P), Cristina Rohde (P), Ginevra da Silveira (PSB) e Jaira Diehl (P) questionaram a assessora jurídica do hospital sobre a possibilidade da implementação de um plantão pediátrico presencial. Atualmente, o pediatra responsável permanece de sobreaviso e é acionado apenas em caso de necessidade, o que, segundo os legisladores, poderia ser aprimorado para melhor atender a demanda da população infantil.

Outra questão levantada foi a necessidade de um diálogo mais eficiente entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o hospital. Muitos pacientes que se enquadram na classificação azul buscam atendimento após as 17h para evitar faltar ao trabalho, o que sobrecarrega o plantão. Os vereadores destacaram a importância de fortalecer a comunicação entre os serviços de saúde para otimizar o atendimento.