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Opinião 20/10/2021 14:30
Por: Odete Jochims

Por Erni Bender: Viva la vida...

Escrevo sobre a morte às vezes, mas gosto mesmo é da vida, e talvez para tentar melhorar a minha vida, escrevo sobre a morte.

Uma pessoa amiga me “cobrou” que escrevo muito sobre a morte, se estou pensando em morrer. Bem, pensando em morrer não estou, mas, claro, é sempre uma possibilidade, não só para mim, mas para toda a humanidade. Escrevo sobre a morte às vezes, mas gosto mesmo é da vida, e talvez para tentar melhorar a minha vida, escrevo sobre a morte. Um paradoxo, mas vale destacar que devemos viver bem, ficar de bem com as pessoas, sermos felizes, aproveitarmos ao máximo tudo que a vida pode oferecer de bom. É preciso lembrar que a morte é a constante nessa equação. O resto é variável. E no variável podemos mexer, podemos mudar.

Uma amiga me falou que ela e o marido querem começar a aproveitar a vida. Iam pintar a casa, mas desistiram, resolveram passear. Ótimo porque a casa pode esperar sim, mas ser feliz fazendo o que se gosta não. Até pode ser que a pintura da casa seja motivo de grande alegria, mas se o seu desejo é outro, faça o que tem vontade. Se quer viajar, vá e não use a desculpa da falta de dinheiro. Tem lugares lindos aqui perto da nossa cidade que custam bem pouco para você ir e viver novas experiências e conhecer pessoas diferentes, trocar idéias.

Esse é um grande engano que as pessoas têm em achar que lugares bonitos estão longe. É muito relativo. Se você gosta de prédios, arranha-céus, pode ir para São Paulo ou ainda Camboriú, onde se encontram os dez maiores prédios do Brasil e alguns dos mais altos da América. Mas, se assim como eu, você gosta de natureza, temos lugares magníficos, que com a companhia certa ficam espetaculares.

Quem me conhece sabe que estou bem longe de ser rico de dinheiro, mas de boa vontade, de conhecer lugares, sou milionário. O tempo todo faço planos de sair e conhecer novos “cantos”, ver coisas novas. Um estudo do New England Jounal of Medicine, conceituada revista britânica, feito por médicos e psicólogos, constatou que a idade mais produtiva do ser humano é dos 60 aos 70 anos, tanto que a idade média dos ganhadores do prêmio Nobel é de 62 anos. E mais: a segunda idade mais produtiva é de 70 a 80 anos. Portanto, amigos “sessentões e oitentões”, a hora é agora e, como costumo dizer, não vou passar duas vezes neste plano. Pelo menos não neste corpo. Portanto, viva la vida! Vamos aproveitar!