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Geral 02/08/2019 08:40
Por: Luciano Mallmann

Casal organiza campanha para salvar a vida do filho

Diagnosticada com má formação do coração, criança necessita de três intervenções cirúrgicas, sendo que a primeira deve ser em suas primeiras 48h de vida

“A sensação é de que vou carregar a criança durante nove meses e nunca vou poder segurá-la no colo”. A frase, em que se percebe o sentimento de impotência diante de uma realidade adversa, é da professora candelariense Karen Regina Borstmann. Casada há sete anos com Joél Jandir Jaeger, Karen conta que o casal se preparou durante todo esse tempo para a concretização do sonho de ter um filho. E, na aparência, tudo estava se encaminhando positivamente para isso. Contudo, quando se completaram 26 semanas de gestação, o casal descobriu que o tão esperado filho Miguel tem uma grave má formação cardíaca, tornando necessárias três cirurgias e o uso de medicamentos.

De acordo com o diagnóstico médico, o pequeno Miguel tem a Síndrome de Hipoplastia do Coração Esquerdo, o que significa que todo o lado esquerdo do pequeno coração do menino não se desenvolveu como devia, ficando com uma dimensão reduzida. Karen conta que percebeu que alguma coisa estava errada através de uma ecografia, fato que se verificou através de exames mais precisos. O casal havia planejado a gravidez e havia economizado uma pequena quantia para o nascimento da criança. Porém, a doença impôs ao casal uma realidade nova e completamente inesperada, sendo o valor acumulado irrisório diante do custo das cirurgias e internações.

O casal soube da possibilidade de realizar as três cirurgias no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde as chances de sobrevivência do pequeno Miguel chegam a 90%. O parto deverá ser feito com agendamento, sendo que uma equipe ficará de prontidão para atendê-lo, pois ele deverá entrar na primeira cirurgia ainda nas primeiras 48 horas de vida. Quando ele tiver quatro meses, será feito o segundo procedimento, e o terceiro, até os três anos.

Joél trabalha na indústria moveleira. Como professora da rede estadual, Karen recebe o salário parcelado. Com os imprevistos, o casal está se vendo atônito diante dos custos que lhe são apresentados, cujo valor inicial é da ordem dos R$ 200 mil. Assim, teve início uma campanha para arrecadar o valor inicial de R$ 50 mil. Uma página foi criada no Facebook, com o nome de Corações Unidos pelo Miguel – SHCE para pedir doações. Quem quiser fazer sua doação, de qualquer valor, pode acessar a página e conferir as contas bancárias na CEF, no Banrisul e no Sicredi, ou simplesmente efetuar um depósito em nome de Karen Regina Borstmann (Banrisul e CEF) ou Joél Jandir Jaeger (Sicredi). Nem é preciso dizer: a doação de qualquer valor é bem-vinda – pela salvação de uma pequena vida.