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Rural 07/12/2018 11:04
Por: Redação

Aberta oficialmente a colheita do tabaco

Evento realizado em Canguçu marcou o início da safra 2018/2019 no Rio Grande do Sul

  • Autoridades simbolizaram abertura usando vestimenta de colheita que confere 98% de proteção dérmica
  • Deputado Federal e senador eleito, o candelariense Luis Carlos Heinze se colocou a disposição para defender a cadeia produtiva do tabaco
  • Presidente do Sinditabaco, candelariense Iro Schunke destacou que os produtores de tabaco são fundamentais para a cadeira produtiva

A 2ª Abertura Oficial da Colheita do Tabaco ocorreu nesta quinta-feira, 6 de dezembro, em Canguçu (RS). O ato foi realizado na propriedade de Renato Bohn Blank, do Distrito de Herval, numa promoção conjunta da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Usando a vestimenta de colheita desenvolvida pelo SindiTabaco com base em estudos e pesquisas e que confere 98% de proteção dérmica, as autoridades realizaram simbolicamente a abertura da colheita da safra 2018/2019.

A festividade reuniu mais de 350 pessoas para celebrar a importância das 150 mil famílias dedicadas à produção, em uma homenagem aos homens e mulheres que são gestores de pequenas propriedades. Plantam e colhem alimentos, criam animais e geram riqueza para os municípios e estados. Presente em 556 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a cultura do tabaco envolve 600 mil pessoas no meio rural.

Na solenidade, o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, disse que os produtores de tabaco são fundamentais para a cadeira produtiva de um setor que tem grande importância social e econômica. Ao lembrar que é filho de pequenos produtores, ele disse que a realização da Abertura da Colheita é um reconhecimento do governo do Estado com a cadeia produtiva do tabaco, pois o Rio Grande do Sul produz 50% do volume do país. Schünke disse também que o Sistema Integrado de Produção de Tabaco, em seus 100 anos completados neste ano, fez com que o Brasil se tornasse o maior exportador, condição que se mantem há 25 anos. Para ele, mesmo se houver decréscimo no consumo de tabaco, o Brasil continuará sendo um grande produtor, pois tem tabaco de qualidade e, por isso, mercado para o produto.

O vice-presidente da Afubra, Marco Antonio Dornelles, acrescentou que a cadeia tem grande importância em arrecadação e pratica ações de responsabilidade social através de diversos programas desenvolvidos. O presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco), Rudinei Harter, acrescentou que, na última Conferência das Partes, em Genebra, houve dificuldades e conquistas. “Fomos reconhecidos pela nossa atividade e discutimos que saúde também se faz através da renda gerada pelo tabaco”, disse. “Precisamos da manutenção das famílias no campo e o tabaco é um dos produtos que promovem isso”, disse. Por sua vez, o vice-presidente da Amprotabaco e prefeito de Canguçu, Marcos Vinicius Müller Pegoraro, acrescentou que a cultura elevou o município ao que é hoje, com seu comércio desenvolvido porque o setor rural se desenvolveu graças ao tabaco. “Queremos agradecer a cada um de vocês que produzem e nos auxiliam a construir um município mais próspero”, salientou.

O deputado estadual Marcelo Moraes, representando da Assembleia Legislativa, falou que a data reconheceu o tabaco como uma das grandes culturas do Rio Grande do Sul. “São 75 mil famílias que dependem do tabaco e 25 mil famílias que dependem do emprego na indústria do tabaco. “Se tiver prejuízo, o maior prejudicando nem será o produtor, mas sim o empregado da indústria, que é dependente da cadeia”, falou. Por sua vez, o deputado federal e senador eleito Luís Carlos Heinze, representando a Câmara dos Deputados, disse reconhecer a importância da atividade. “Os antitabagistas querem substituir a cultura, mas nenhuma atividade dá a renda que dá o tabaco”, falou, além de colocar-se à disposição para continuar defendendo toda a cadeia produtiva.

O secretário de Agricultura, Odacir Klein, acrescentou que o evento demonstra a importância da cultura do tabaco. “O tabaco produzido aqui é quase totalmente enviado para o exterior. Temos mercado internacional para o produto que é gerador de bem-estar social para o nosso povo”, disse. “Temos que resistir a essa posição equivocada para a produção do tabaco, pois é uma cultura da maior importância para a nossa economia”.

CANGUÇU

Grande produtor de tabaco, na safra 2017/2018 o município de Canguçu ficou em primeiro lugar no Brasil em produção. Foram 5.502 famílias que cultivaram 9.905 hectares e produziram 22.142 toneladas de tabaco. Renato Bohn Blank é um dos produtores. Com auxílio da esposa Patrícia, ele cultiva 95 mil pés de tabaco e três hectares de milho, além de diversas culturas para subsistência em uma propriedade de 19 hectare, sendo nove próprios e 10 arrendados.

SOBRE O SETOR DO TABACO

O Brasil é o 1º no ranking mundial de exportações de tabaco em folha há 25 anos e atualmente responde por 30% das exportações mundiais;

É também o 2º maior produtor mundial de tabaco, atrás somente da China;

Na última safra, foram produzidas 632 mil toneladas nos 289 mil hectares cultivados;

O Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) é responsável por esta liderança, pois prima pela qualidade e a integridade do produto, com assistência técnica e garantia de compra aos produtores;

A produção sustentável, com observância às boas práticas, faz com que o tabaco brasileiro esteja entre os mais procurados pelos clientes internacionais;

Somente na indústria, são 40 mil empregos diretos; no campo, 600 mil pessoas estão envolvidas com a cultura em 556 municípios da Região Sul;

A Afubra estimou receita de R$ 6,28 bilhões de receita aos produtores na última safra;

O setor é responsável pela geração de R$ 13,9 bilhões em impostos arrecadados anualmente.

(Fotos e informações da assessoria de imprensa - Sinditabaco)