Por: Diego Foppa
Candelária terá área de 1.100 hectares de trigo
Número é o mesmo da safra passada e plantio já está finalizado
O plantio do trigo em Candelária atingiu sua totalidade. Conforme dados da Emater/RS-Ascar de Soledade, que engloba o Vale do Rio Pardo, Candelária terá pela segunda safra consecutiva uma área cultiva de 1.100 hectares do cereal. Segundo o engenheiro agrônomo do Escritório de Planejamento Agrícola e Consultoria de Candelária (Agrican), Adalton Siqueira, o período de semeadura no município se encerrou por volta do dia 20 de julho. “Está na fase espigamento e floração. Logo deverá ocorrer o avanço para o enchimento de grãos, ou seja, tudo ocorrendo dentro da normalidade. O único alerta é por conta da giberla, uma doença grave e que costuma atacar o trigo na fase de floração. Portanto, são necessárias aplicações preventivas, antecipando a ocorrência da doença”, explica. Na safra passada, o Estado encerrou a temporada confirmando as projeções superlativas cantadas no início do ciclo e teve uma safra recorde na produção do trigo, principal cultura de inverno. A área cultivada alcançou 1,45 milhão de hectares, a maior em 42 anos, segundo a Emater. Os resultados apontaram uma média de 3,4 mil quilos por hectare. Em Candelária, Adalton conta que seus assistidos chegaram a colher uma média de 72 sacas por hectare. O preço da saca de 60 quilos variou entre R$ 80,00 e R$ 90,00. Historicamente, a saca não passava de R$ 40,00. Em novembro de 2019, a cotação estava em R$ 38,00. Apesar dos números satisfatórios, o engenheiro agrônomo ressalta que, alguns fatores são determinantes para o cultivo não avançar ainda mais, como o preço dos insumos e condições climáticas. “O preço da saca baixou em torno de 30% (está sendo comercializada em média por R$ 66,00) e não é uma cultura indicada para áreas de várzea por conta da umidade no solo. Na prática, o produtor teria que colher 50 sacas para empatar. Além disso, não é a única alternativa de inverno e alguns produtores preferem apostar em outras por segurança”, ressalta. Outro fator que causa preocupação é o fenômeno climático El Niño. “Na fase de colheita, a partir de outubro, há previsão de muita chuva, o que preocupa em questões como a qualidade do grão”, alerta.