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Geral 16/05/2020 09:35
Por: Redação

Vigilância Sanitária reforça alerta em relação à dengue

Focos do mosquito Aedes aegypti foram encontrados na cidade. População deve evitar manter recipientes com água nos pátios

Os cuidados e a preocupação em torno do avanço do novo coronavírus têm levado algumas populações esquecidas a se descuidarem quando o assunto diz respeito a outras doenças que também exigem constante atenção. É o caso da proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, problema que já havia sido controlado em tempos anteriores ao Covid-19. É o caso, por exemplo, de Venâncio Aires, município onde, até a quarta-feira, haviam sido diagnosticados 78 casos da doença. Em Candelária, já haviam sido encontrados pela Vigilância Sanitária, em 2019, dois focos, um em maio e outro em julho. Outro foco foi encontrado no início de março de 2020, na Av. Pereira Rego e Júlio de Castilhos. Os últimos focos encontrados no trabalho de inspeção estavam localizados também no centro, na rua Dr. Middendorf, e na Lopes Trovão.

Atualmente, a Viglância Sanitária/Epidemiológica trabalha com três Agentes de Combate às Endemias (ACE), atuando diariamente em visitas domiciliares no município. Em média, cada ACE realiza de 15 a 20 visitas diárias em imóveis, pontos comerciais, terrenos baldios e outros. Esses agentes também são os encarregados de fornecer orientações à população sobre mosquitos e outras endemias, além de orientar sobre a forma de evitá-las ou eliminá-las.

O QUE DIZ A VIGILÂNCIA SANITÁRIA – Em contato com a reportagem da Folha, o engenheiro ambiental Leonardo Santos Ribeiro, coordenador da Vigilância Sanitária em Candelária, falou da importância da população entender que a responsabilidade pela limpeza dos imóveis é dos proprietários. A prefeitura auxilia na fiscalização e nas orientações sobre os cuidados necessários ao enfrentamento das doenças causadas pelos vetores. Cabe à prefeitura também coletar amostras e enviá-las ao laboratório do estado para confirmação dos casos. Ribeiro ressalta a importância de a população aproveitar a quarentena imposta pela pandemia de Covid-19 para fazer a limpeza dos seus pátios, eliminando quaisquer recipientes que possam armazenar água, tais como bombonas/tonéis abertos, caixas d’água sem tampa, pratos de vasos de plantas, entre outros.

De acordo com o engenheiro ambiental, o enfrentamento ao Aedes aegypti deve ser um esforço coletivo entre a população e o poder público. Cabe a cada cidadão ser responsável pelos seus terrenos e domicílios, mantendo o ambiente livre de recipientes que possam armazenar água e servir com foco de mosquito. Cabe salientar também que Candelária é atualmente um município considerado infestado pelo mosquito, que, se não for eliminado, em breve poderá haver casos não apenas de dengue, mas também zika vírus e chikungunya, assim como Santa Cruz e Venâncio Aires.