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Rural 09/09/2022 09:42
Por: Odete Jochims

Coelhos ganham espaço como animais de companhia

O jovem Erick Moraes Rehbein, morador da Sesmaria do Cerro, cria coelhos desde os 12 anos; hoje, além de hobby, a atividade também traz algum retorno financeiro

  • Erick (ao centro) com seus avós Elmar Bello de Moraes e Ilda Maria de Souza Moraes

Quem tem um animal de estimação em casa sabe que, além de amigos fiéis, eles também são capazes de encher a casa de alegria. As opções mais tradicionais para pets são, sem dúvida nenhuma, o cão e o gato. Contudo, um animalzinho vem ganhando espaço como animal de companhia: o coelho.

Na localidade de Sesmaria do Cerro, Erick Moraes Rehbein, 18 anos, teve contato com coelhos desde muito cedo. Seu avô, Elmar Bello de Moraes, 67 anos, teve uma criação de coelhos há tempos atrás, descontinuada em razão de inconvenientes. “Os coelhos faziam buracos e roíam o cercado. Isso fez com que eu desistisse da criação”, conta Elmar. Erick, no entanto, se afeiçoou aos bichinhos e, com 12 anos, adquiriu um casal de coelhos e reiniciou a criação por parte da família Moraes.

Tendo o primeiro casal como pontapé inicial, a criação foi crescendo. O jovem investiu em gaiolas particulares com bebedouros em pequenos canos e instalou seu coelhário em um galpão de alvenaria, que possibilita um ambiente mais ameno para os coelinhos. Hoje, o cunicultor possui 31 coelhos, todos identificados com uma ficha trazendo a raça, data de nascimento e, o mais importante, o nome. “Todos os nossos coelhos tem nomes. Tem o Café com Leite, Pantufa, Toquinho, Pitanga, Cremoso, e assim por diante”, pontua.

De início, Erick criava os chamados coelhos gigantes. Entretanto, alguns fatores fizeram com que ele mudasse seu foco para raças menores, como o Mini Lop de Linhagem Uruguaia e o Anão Holandês (Netherland dwarf). Além deles consumirem menos ração, produto que encareceu nos últimos anos, eles são ideais para serem criados dentro de casa. Em termos de comparação, enquanto um coelho gigante adulto pode pesar até 9 kg, um coelho mini ou anão tem em torno de 800g a 1kg.

Erick destaca que, ao contrário do que muitos possam pensar, coelhos podem ser seres muito afetivos e sociáveis. “Recentemente eu vendi um coelho para um amigo meu. Fizeram um quarto só para o bichinho. Aí, de vez em quando, ele me manda vídeos com o coelho subindo no colo deles, brincando junto”, conta. É esse afeto que, acima de tudo, move Erick a criar seus coelhos. “Para mim, ir no coelhário cuidar dos bichinhos é uma alegria. O retorno financeiro que eu tiro muitas vezes só cobre o custo da alimentação deles. Esse ano que rendeu um pouco mais. No fundo, eu crio coelhos porque é algo que gosto muito de fazer”, conclui. ( Por : Arthur Lersch Mallmann)