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Geral 08/11/2019 15:07
Por: Redação

Moradores da Prainha e proximidades reclamam mais segurança

Moradores das proximidades do balneário Carlos Larger entraram em contato com a reportagem da Folha para registrar uma denúncia. De acordo com seus relatos, a população local, além de uma estrada de acesso praticamente intransitável, convive com uma realidade diária de roubos e arrombamentos. “Um lugar que deveria ser de descanso e lazer se tornou um local de preocupação e angústia para moradores e visitantes do local”, comenta um dos moradores. Em função da gravidade da situação, diversos moradores estariam colocando suas casas à venda, devido a supostas ameaças e sucessivos arrombamentos. Por temerem represálias, preferiram manter seus nomes no anonimato. O acontecimento mais recente foi no restaurante do balneário.

A situação se agrava com o fato de muitas vezes os criminosos, não se satisfazendo com os pertences encontrados, atearem fogo nas casas, ocasionando uma espécie de terrorismo entre os moradores do bairro. Como resultado disso, a população do local tem se habituado a contar apenas com o essencial em suas casas: “Nada que estiver aqui está seguro, nem o patrimônio nem as pessoas. À noite a gente fica trancado em casa”, afirma outro morador.

Uma moradora registra que, em menos de um ano e meio, teve sua casa arrombada por cinco vezes. Inicialmente, conta ela, tinha de tudo dentro de casa: forno elétrico, micro-ondas, modernos aparelhos de televisão. Com o passar desse tempo e desses arrombamentos, seus pertences já haviam diminuído em muito. Como retaliação, os bandidos deixaram um princípio de incêndio na casa. No dia 20 de abril de 2017, os criminosos atearam fogo na casa pela segunda vez. Conforme os moradores, todos os casos foram registrados na Delegacia de Polícia. Feito isso, veem na denúncia através do jornal um modo de pedir socorro às autoridades: “Os moradores buscam uma resposta em forma de atitude”, destacam.

O Delegado Paulo Cezar Schirmer, lotado na Delegacia de Polícia de Candelária, fala da necessidade de “superar um quadro agudo de dificuldades” com o baixo efetivo no município. Ele fala da importância de sempre registrar a ocorrência, pois é somente a partir dela que é possível fazer algo no sentido de recuperar o que foi roubado ou mesmo descobrir e prender os culpados. O delegado informa ainda que é sua intenção intensificar as ações no local de onde partiu a denúncia. Nesse sentido, pede a todos que tiverem alguma informação que não se omitam: “Qualquer informação é bem-vinda e sua autoria será mantida no anonimato”, garante, com o objetivo de amenizar a situação.

PROTESTO – Para o próximo dia 11, os moradores da região da Prainha organizam um protesto para cobrar das autoridades uma solução para o problema. Toda a comunidade está convidada a participar.