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Rural 02/09/2022 10:22
Por: Odete Jochims

Expointer: cabanha candelariense conquista ouro e prata no Junior

As éguas premiadas Onça do Capão Formoso e Odisseia do Capão Formoso, dos proprietários Carlos e Silvia Roos, venceram a 1ª edição da Supercopa Jovem Expointer.

  • Freio de Prata - Odisséia da Capão Formoso (Crédito - Felipe Ulbrich)
  • Freio de ouro - Onça da Capão Formoso (Crédito - Felipe Ulbrich)

A Expointer, maior feira da América Latina e principal pista do Cavalo Crioulo no país, foi palco nesta segunda, 29, da primeira edição da Supercopa Jovem. Representando a Cabanha Capão Formoso, localizada nas Oveiras, no interior de Candelária, estava a ginete Luiza Lopes, de Santa Cruz do Sul, que dominou o pódio na categoria Junior, levando o ouro com a égua Onça da Capão Formoso e a prata com a égua Odisséia da Capão Formoso.

A competição reuniu 27 ginetes, de 6 a 17 anos, finalistas do Freio Jovem 2020 e 2021. Contemplando as categorias Infantil A, Infantil B, Juvenil e Júnior, a competição segue as mesmas etapas do Freio de Ouro, com avaliação sobre Andadura, Figuras, Volta sobre patas, Esbarradas, Mangueira, Bayard/Sarmento e de Campo. Aos ginetes vencedores, além de medalhas, terão o seu nome gravado no troféu oficial da Supercopa Jovem, onde ficarão registrados os campeões de cada edição, que acontecerá de dois em dois anos.

Para participar da supercopa, Luiza conquistou o freio de prata na edição de 2021 do Freio Jovem, também montando a égua Odisséia. Mesmo sendo jovem a ginete já possui sete troféus no Freio Jovem e é uma das grandes promessas para o futuro das competições da Raça Crioula.

A Cabanha Capão Formoso, dos proprietários Carlos Alberto Ross (o Neninho) e Silvia Roos, já havia sido finalista do Freio de Ouro em 2018, com o cavalo Jalisco da Capão Formoso, pai das duas éguas competidoras. O criatório apostava muito em Jalisco, entretanto, o animal sofreu um acidente e veio a falecer precocemente, com somente 9 anos de idade. Embora tenha sido um duro golpe para a cabanha, sua linhagem vencedora segue proporcionando alegrias para o criatório através de sua prole.

De acordo com Carlos, “São mais de vinte anos criando cavalos, perseguindo o sonho de chegar entre os grandes criadores da raça crioula. É muito difícil concorrer com as grandes cabanhas, que possuem centenas de animais. Para nós que somos pequenos, de pouca expressão, é muito animador ver nossos cavalos brilhando nas grandes competições, uma sensação que estamos no caminho certo. Sobre Luiza, o criador afirma que espera vê-la representando a cabanha nas competições profissionais. “Ela é muito dedicada e, se continuar evoluindo assim, no futuro esperamos que ela possa disputar o Freio de Ouro”, conclui. ( Por Charles Silva)