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Geral 06/04/2018 11:12
Por: Luciano Mallmann

Paleontologia: Candelária é apresentada ao Jachaleria candelariensis

O animal, que viveu no período Triássico, é conhecido como o último dicinodonte

  • Nova espécie vem se somar às outras já encontradas em território candelariense, conhecido por sua riqueza fossilífera
  • Registro das autoridades com as réplicas apresentadas - Fotos: Erni Bender - AI Prefeitura de Candelária

Na noite de quarta, 4, a comunidade candelariense foi oficialmente apresentada ao Jachaleria Candelariensis, animal que se acredita ser o último dicinodonte, que viveu em território candelariense no período conhecido como Trássico. Trata-se de uma composição reunindo cinco espécimes dos últimos dicinodontes, animal encontrado somente em Candelária e na Argentina. As réplicas foram feitas pelo artista plástico André Gomes da Silva, com patrocínio da organização da Expocande 2018. Estiveram presentes na ocasião em torno de 200 pessoas, entre pessoas da comunidade e estudantes. O evento, que contou com uma explanação do Professor Doutor Cesar Leandro Schultz, é uma realização da Expocande, Prefeitura Municipal, Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues, a Malha de Proteção ao Patrimônio Cultural e o Laboratório de Paleovertebrados da Ufrgs.
Segundo Cesar Schultz, o Jachaleria constitui uma linhagem de animais herbívoros, sem dentes, primeiramente encontrado na Argentina e posteriormente em Candelária, e possuía a envergadura de uma vaca, sendo provável que vivessem em bandos. O momento em que o Jachaleria candelariensis viveu corresponde ao período do Triássico em que esse animal se extinguiu. Por essa razão, levando em consideração que ele não possui descendentes, ele se tornou conhecido como o último dicinodonte. 
Através de slides, Schultz fez um relato da geologia e da biologia candelariense em um passado distante. Foram exibidos também dois crânios desses animais, com base nos estudos científicos realizados sobre eles. Essa escultura será um dos destaques do Museu Municipal Aristides Carlos Rodrigues na Expocande 2018. Na opinião do curador do Museu, Carlos Nunes Rodrigues, a noite de quarta foi mais uma oportunidade de conhecer as riquezas de Candelária, tendo sido demonstrada, de forma didática, a singularidade do solo do território do município. Rodrigues exemplifica pelo fato de serem já 29 as espécies encontradas em Candelária, muitas delas sendo únicas. "O Museu cresce muito com as novas esculturas, pois elas somam agora um número de doze animais assim representados", finaliza.