Por: Diego Foppa
Situação da VRS-858 se agrava e exige atenção
Trecho que liga a RSC-287 à Linha do Rio foi bastante afetado pela enchente e ainda não foi recuperado pelo Daer
A má conservação da VRS-858, rodovia que liga à localidade de Linha do Rio, interior de Candelária, não é nenhuma novidade para os usuários da via. No entanto, o problema se agravou significativamente no trecho de 14 quilômetros por conta da enchente do Rio Pardo, registrada em maio. O órgão responsável pela manutenção da via, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), ainda não iniciou a recuperação. Desta forma, usuários e moradores sofrem com a presença de buracos na pista, falta de sinalização, queda de taludes nas laterais e outros problemas que tornam a passagem desafiadora.
Nesta semana, a reportagem da Folha percorreu a rodovia e percebeu um cenário de risco e devastação. Nos primeiros quilômetros o estado de conservação é melhor, mas basta rodar alguns minutos para a rodovia se transformar em um emaranhado de buracos, valetas, desbarrancados e extensões onde o asfalto foi totalmente arrancado pela água, deixando um desnível em relação ao restante do trajeto. É necessário ter cuidado para não acabar com um pneu furado ou danificar a suspensão do veículo.
No turno da noite, a condução se torna ainda mais perigosa, pois na escuridão as crateras são difíceis de identificar. Além disso, a sinalização na pista está praticamente apagada e não há nenhuma placa de sinalização. Diante desse cenário, os usuários da via sofrem à espera de providências. Conforme o empresário Maximiliano Beise, da empresa Beise Transportes, que trafega pela rodovia quatro vezes ao dia, de segunda a sexta, os riscos são maiores em determinados locais. Um dos pontos citados por ele é no trecho conhecido como “entrada dos Moraes”, devido aos deslizamentos. “Além de ser um ponto de baixa visibilidade, não tem como passar dois veículos ao mesmo tempo em sentidos opostos. É necessário ter atenção”, relata. Outra preocupação citada por Beise é o risco de desabamento do solo. “Não soubemos como está o solo”, acrescenta.
O QUE DIZ O DAER
Em setembro deste ano, o Daer relatou via assessoria de imprensa, que estava elaborando um anteprojeto para a contratação de uma empresa, visando à manutenção da rodovia em toda a extensão, incluindo a sinalização. Nesta semana, a autarquia estadual informou que já fez o anteprojeto e o encaminhará para a aprovação do conselho gestor do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).