A despedida do Papai Noel Arlindo

O Natal não será o mesmo neste ano em Candelária. Afinal, o mais conhecido Papai Noel do município não estará aqui para levar alegria para a criançada, conforme vinha fazendo há vários anos. Batizado como Arlindo Leopoldo da Silveira, ele saiu de cena na noite de segunda, 13, aos 65 anos, ao falecer no Hospital Candelária em consequência de complicações cardíacas. Marceneiro aposentado em virtude de um acidente de trabalho, Arlindo fez uma promessa em 2004, após se curar de um câncer. Começou a reformar brinquedos de forma voluntária, transformando-se em um legítimo Papai Noel ao realizar, nos finais de ano, confraternizações nas quais distribuía brinquedos e lanches para crianças, com a ajuda de instituições, empresas e voluntários da cidade. Nasceu daí sua vocação para Papai Noel, papel que exercia sempre com alegria e disposição, ajudado também pelo seu carisma e um figurino convincente, que incluía uma barba branca verdadeira. 
No próximo Natal, os voluntários que sempre ajudavam o Seu Arlindo irão promover uma festa natalina para homenageá-lo. Será uma merecida homenagem para quem celebrava a vida distribuindo divertimento para a criançada. Após o velório, na Capela Santa Ana da Comunidade Católica de Candelária, o Papai Noel Arlindo foi sepultado na tarde de terça, 14, no Cemitério dos Silveira, no Capão Claro. Ele deixa enlutados, entre outros familiares, os filhos Leandro e Naiara e os netos Vitor e Vitória. Deixa também, segundo o sobrinho Márcio Mundstock, um legado de honestidade, humildade e exemplo de dedicação às crianças a quem se apresentava como Papai Noel. Como se vê, Seu Arlindo personificava verdadeiramente como poucos a figura do Bom Velhinho.