Por: Diego Foppa
Expectativa é para que obra na 858 seja iniciada em até 90 dias
Anúncio de R$ 50 milhões para a rodovia foi feito pelo governador Eduardo Leite no último dia 30
A esperança em torno da reconstrução da VRS-858, rodovia que liga a RSC-287 com a Linha do Rio, no interior de Candelária, foi renovada no último dia 30, quando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou um investimento de mais de R$ 50 milhões para refazer a via. O repasse foi definido em reunião do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), e integra uma série de projetos que visam melhorar as condições das estradas gaúchas. “Estrada super importante para a comunidade, que será totalmente refeita”, afirmou Leite em vídeo publicado na rede social Instagram.
O órgão responsável pela manutenção da 858 é o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Via assessoria de imprensa, a reportagem da Folha fez alguns questionamentos com relação ao cronograma de execução da obra. A autarquia informou que o próximo passo é a seleção da empresa, pelo processo de dispensa de licitação. “O Departamento deverá publicar nos próximos dias o aviso para a manifestação de interesse das empresas interessadas em realizar a obra”, dizia parte do comunicado. Além disso, a assessoria também relatou que será uma obra com resiliência climática, como todas do Funrigs. Na quarta, 4, o vice-prefeito de Candelária, Cristiano Becker, esteve em Porto Alegre, onde conversou com o Secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, que afirmou que o prazo para contratar a empresa e assinar a ordem de serviço deve ser de aproximadamente 90 dias.
A região da Linha do Rio foi severamente afetada pela enchente de maio do ano passado, que devastou a região. A tragédia climática agravou significativamente os 12 quilômetros da via, que teve boa parte da pavimentação asfáltica danificada e até mesmo arrancada pela força da água. Alguns trechos estão sem asfalto ou com a estrada comprometida, colocando em risco quem transita pelo trecho. Em alguns pontos onde não havia contenções, o Rio Pardo também está com erosão marginal, o que provoca estreitamento da pista de rodagem e gera medo dos usuários por conta do risco de desabamento. À noite, a condução acaba se tornando ainda mais perigosa, pois na escuridão é difícil identificar as crateras. Além disso, praticamente não existe nenhuma placa de sinalização.
MAIS - No fim do ano passado, um levantamento topográfico primitivo chegou a ser realizado no trecho. O trabalho teve como objetivo direcionar ações do projeto.