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Política 05/10/2023 21:24
Por: Diego Foppa

Julgamento cassa mandato do vereador Rogério Negão

Denúncia de falta de decoro recebeu voto favorável de 12 vereadores na sessão extraordinária realizada no início da noite desta quinta, 5, garantindo a maioria de dois terços exigida para a cassação

Pela primeira vez na história política do município, um vereador de Candelária teve seu mandato cassado. Em sessão extraordinária realizada na noite desta quinta, 5, a Câmara Municipal realizou o julgamento da denúncia de falta de decoro apresentada pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres contra o vereador Rogério Gomes da Silva (PSB), conhecido como Rogério Negão. A denúncia se baseia em suposta prática de importunação sexual contra duas adolescentes durante a final do Municipal de Futsal, ocorrida no final de junho, no ginásio Walter Filter. Na esfera judicial, o vereador aceitou a proposta de não persecução penal proposta pelo Ministério Público. O acordo previsto em lei permitiu ao vereador pagar a quantia de R$ 8 mil e, assim, não ser processado. Com o plenário praticamente lotado, a denúncia foi aceita por 12 do total de 13 vereadores, número que representa a maioria de dois terços exigida para definir a cassação do mandato. A partir da decisão, a Câmara irá elaborar decreto de cassação e convocar o suplente. Ocupando atualmente a cadeira de Gilvan Moura, titular da pasta de Agricultura no Executivo, Pedro Moraes (PSB) assume a condição de vereador titular. Caso seja necessário chamar o próximo suplente do PSB, a vaga será ocupada por Rodrigo do Sorvete.

Como votaram os vereadores
Concluída a manifestação da defesa do denunciado, teve início, finalmente, a votação dos vereadores. Um a um foram chamados a se pronunciar no microfone. O primeiro a votar foi o presidente Alan Wagner, chamado a se manifestar pela secretária da mesa diretora, a vereadora Jaira Diehl. Alan votou pela cassação. Na sequência, o próprio presidente Alan convocou os demais vereadores a pronunciarem seus votos. Todos votaram pela cassação, com exceção do próprio denunciado que votou pela absolvição. O resultado final de 12 votos a um em favor da cassação definiu o julgamento a o fim do mandato do vereador. 

Confira a cobertura completa da sessão na edição impressa de sexta, 6, da Folha.