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Geral 14/01/2019 11:12
Por: Tiago Mairo Garcia

Candelarienses se mobilizam para ajudar Heitor de Vargas

Brechó solidário está sendo realizado na rua Coberta. Valores arrecadados serão destinados a família do bebê residente no interior de Ibarama

  • Brechó beneficente ocorrerá até às 20h na rua Coberta -Fotos: Tiago Mairo Garcia - Folha
  • Heitor de Vargas, o bebê de seis meses que reside em Ibarama - Crédito: Divulgação
  • Comunidade atendeu ao pedido lotou espaço durante a manhã
  • Minnie está presente fazendo a alegria das crianças
  • Fogão foi doado e está disponível para comercialização no evento
  • Roupas e calçados foram doados pela comunidade para evento. Organização arrecadou mais de 7 mil peças

Uma corrente solidária para fazer o bem. Está sendo realizada desde as primeiras horas da manhã desta segunda, 14, na rua Coberta, um brechó solidário em favor do menino Heitor de Vargas, o bebê de seis meses que reside no interior da cidade de Ibarama, na região centro-serra. A criança possui Atrofia Muscular Espinhal (AME) – tipo 1, uma doença grave e degenerativa.

O bebê precisa tomar quatro doses de um remédio importado que custa R$ 364 mil (cada dose). O ideal é que ele use o medicamento até os sete meses. Além disso, ele necessita de dois aparelhos para auxiliar na respiração e secreção do pulmão que, juntos, custam cerca de R$ 60 mil.Como a família, que reside na localidade de Lajeado da Gringa, no interior de Ibarama, não dispõe dos recursos financeiros para custear o tratamento, uma campanha nas redes sociais teve início no mês de dezembro para angariar os recursos financeiros necessários para custear o tratamento.

A campanha iniciada no centro-serra se expandiu pela região. Sensibilizados pela situação do bebê, um grupo formado por pais e mães candelarienses decidiu se unir para auxiliar na arrecadação para auxiliar a família de Heitor. Conforme Gisele Garske, uma das organizadoras, o grupo iniciou com um brique solidário que se expandiu para uma rifa e um brechó solidário.

O brechó com mateada está sendo realizado nesta segunda, 14, na rua Coberta, ao lado da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte. Desde as primeiras horas da manhã um grande público foi ao local participar da ação social. A organizadora conta que foram adquiridas mais de 7 mil peças entre roupas e calçados que estão sendo comercializados com preços acessíveis. Para as crianças foi instalado um pula-pula ao custo de R$ 1, valor que também será destinado para o menino Heitor. “Divulgamos no Facebook e a comunidade atendeu o nosso pedido. Só temos a agradecer a todos que estão nos ajudando. Aqui todos são pai e mãe e estamos juntos nesta causa para ajudar essa família”, disse Gisele.

No local também está sendo vendida duas rifas em beneficio ao menino, ao custo de R$ 2 e R$ 5 com mais de 70 prêmios, todos doados pela comunidade. O brechó estará em funcionamento até às 20h.

Doações

Todo o dinheiro arrecadado nas atividades será usado nos custos do tratamento, na compra de medicamentos, aparelhos respiratórios, além de outras despesas. Quem quiser ajudar, pode doar através de uma vaquinha online através do endereço eletrônico:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ameoheitorutm_campaign=whatsapp&utm_content=425695&utm_medium=website&utm_source=social-shares.

Já as doações em dinheiro podem ser feitas pelas seguintes contas.

Banco do Brasil - Agência: 0808-7 | Conta:28.927-2 - CPF: 011.170.360.30 - Heitor de Vargas

Banrisul - Agência: 1054 | Conta: 39.102736.0-2 - CPF: 030.873.390.83 - Heitor de Vargas

Sicredi - Agência: 0403 | Conta:59736-8 - CPF: 030.873.390.83 - Heitor de Vargas

 

O que é a Atrofia muscular Espinhal (AME)

A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença genética rara que afeta as células nervosas da medula espinhal, responsáveis por transmitir os estímulos elétricos do cérebro até aos músculos, impedindo assim que a pessoa tenha dificuldade ou não consiga movimentar os músculos voluntariamente.

Existem vários tipos de atrofia muscular espinhal, dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas: tipo 1 é uma forma grave da doença que pode ser identificada pouco tempo após o nascimento, pois afeta o desenvolvimento normal do bebê, levando a dificuldade para segurar a cabeça ou para ficar sentado de apoio. Além disso, também pode existir dificuldade para respirar ou para engolir.