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Geral 05/07/2024 09:57
Por: Odete Jochims

Educação Pública, 68% dos candelarienses saíram do 2º ano fluentes em leitura

A última semana foi marcada por encontros com professores alfabetizadores, supervisores e articuladores da Rede Nacional de Alfabetização (RENALFA). A equipes estive reunida na Secretaria Municipal de Educação, onde promoveu reuniões visando a apresentação de dados e resultados das avaliações diagnósticas de Fluência em Leitura, realizadas no início do ano letivo de 2024 e também das avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), realizadas no final do ano de 2023.

As equipes celebraram o desempenho dos estudantes candelarienses, que melhoraram seu desempenho nos índices que medem a leitora das turmas do 2° ano do ensino fundamental (alunos de 7 anos), idade considerada ideal para a alfabetização. Conforme as avaliações, que foram aplicadas em 298 alunos da rede estadual e municipal de ensino, 68% dos alunos saíram do 2º ano como leitores fluentes ou iniciantes em 2023. Em relação à 2024, 56% dos alunos já chegaram no 2º ano como leitores fluentes ou iniciantes, um crescimento de 6% em relação ao início de 2023.

Conforme a coordenadora pedagógica Sheila Gass Schürer, estes resultados são fruto dos programas Criança Alfabetizada (Federal) e Alfabetiza Tchê (estadual), ambos instituídos em 2023, com o objetivo de assegurar que todos os estudantes da Rede Pública estejam alfabetizados até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Os programas contemplam escolas estaduais e municipais, e oferecem formações para os coordenadores pedagógicos, gestores e professores da Educação Infantil e dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, além de fornecer apoio ao aprendizado, com materiais didáticos complementares aos alunos. Para Sheila, que também atua como articuladora regional dos dois projetos, o trabalho que vem sendo realizado em Candelária é digno de reconhecimento, pois coloca o município acima da média estadual, superando alguns municípios de grande porte, como Santa Cruz do Sul.

A criação dos programas de alfabetização foram uma resposta a falta de ferramentas que oferecessem dados educacionais específicos, impedindo a implementação de trabalhos focado aos alunos com dificuldade, uma crítica recorrente ao ensino público brasileiro. Entretanto, de acordo com Gislaine Aline Priebe, articuladora municipal do RENALFA e do Alfabetiza Tchê, os novos programas representam uma virada de chave para a alfabetização infantil. “Em 2023 demos iniciamos os projetos sabendo que os frutos viriam a longo prazo. Mas é recompensador ver estes resultados. Nossas equipes ainda estão se adaptando e aprendendo a se utilizar das novas ferramentas, mas todos estão engajados e, com certeza, iremos continuar evoluindo”, concluiu.