Por: Isabel Bohrer Porto
Sobrecarregada, S.O.S Bichos faz apelo nas redes sociais
Como principal apelo, a presidente da ONG ressalta a importância de uma responsabilidade coletiva pela causa animal, não apenas de entidades filantrópicas ou da Prefeitura
Enquanto
cães e gatos seguem sendo descartados nas ruas como se fossem objetos, as ONGs
e os serviços públicos de acolhimento enfrentam uma realidade insustentável:
superlotação, falta de estrutura e o esgotamento físico e emocional de quem
tenta ajudar. “Estamos esgotadas”, desabafa Bruna Feistler, presidente da ONG
S.O.S Bichos, em postagem nas redes sociais.
Segundo
Bruna, apenas nove voluntários seguem ativos na ONG, um esforço que beira o
impossível diante da escassez de recursos e da sensação de abandono por parte
da sociedade. Apesar do repasse de R$ 50 mil em emendas impositivas de
vereadores neste ano, o valor precisa durar até 2026. “As pessoas escutam esse
valor e dizem ‘é muito dinheiro’, mas precisamos fazer durar até ano que vem”,
explica. Ela acrescenta, ainda, que o valor destas emendas é destinado
exclusivamente para alimentação e medicamentos para os animais.
Como
principal apelo, a presidente da ONG ressalta a importância de uma
responsabilidade coletiva pela causa animal, não apenas de entidades
filantrópicas ou da Prefeitura. “Ainda ouvimos cobranças como se fôssemos
obrigadas a resolver tudo, mas a responsabilidade não é só nossa. A culpa, na
verdade, é de quem abandona, maltrata e não quer se responsabilizar. Aliás,
abandono de animais é considerado crime no Brasil”, finalizou.
Como ajudar
- Adote um
animal com responsabilidade.
- Castrar é
um ato de amor: previne doenças e evita nascimentos indesejados.
- Apoie uma
ONG local: doe ração, medicamentos, tempo ou dinheiro.
- Denuncie
maus-tratos e abandono.