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Saúde 15/01/2022 12:00
Por: Redação

Médica afirma que as UTIs apresentam maioria de não vacinados e arrependidos

Matéria publicada pelo UOL Notícias na quarta, 12, ilustra bem o abismo que separa os vacinados e os não vacinados contra a covid-19

A intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar - que chegou a ser cotada como possível substituta do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde - declarou que, atualmente, as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) estão lotadas de pacientes não vacinados contra a covid-19 e alertou para os danos da doença entre profissionais da saúde. Ao jornal O Globo, Hajjar classificou como "brutal" a diferença no impacto da contaminação pela variante ômicron entre vacinados e aqueles não imunizados ou que não completaram o ciclo de imunização. “As UTIs estão atualmente só com casos de covid entre os não vacinados. Os imunizados dificilmente passam do atendimento ambulatorial”, salientou a médica.

Questionado por O Globo se já presenciou um paciente infectado arrependido por não ter tomado a vacina, a médica respondeu que, como intensivista, tem visto cada vez mais pacientes internados arrependidos de não terem sido vacinados. “Eles chegam com a forma grave da doença, se arrependem, porém, já é tarde”, observou. Hajjar alertou para a importância da vacinação, pois a covid-19 é um vírus muito novo que ainda pode “nos trazer surpresas”, e ressaltou que, com a variante ômicron, “a doença tem apresentado comportamento semelhante” nos sistemas de saúde público e privado. “A variável mais expressiva em relação ao perfil da doença, tem sido, definitivamente, o não vacinado." Apesar do alerta sobre possíveis "surpresas", Ludhmila afirmou acreditar na linha científica que aponta um possível fim da pandemia em razão do alto nível de infecção pela doença atualmente. Na segunda, 10, o mundo registrou um novo recorde de casos de covid-19 em 24 horas, com mais de 3 milhões de infectados, segundo dados do Our World in Data, projeto ligado à Universidade de Oxford. "Temos pela primeira vez a junção de dois fatores: uma variante altamente prevalente infectando muita gente imunizada. Isso faz com que um número alto de pessoas se infecte com a forma branda da doença, o que é bom para a imunização. Não podemos, no entanto, baixar a guarda com a vacinação”, completou a médica.