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Geral 09/12/2020 14:37
Por: Redação

OAB aciona o STF para garantir uso de vacinas aprovadas em outros países

Organização pede que imunizantes aprovados no exterior por agências reguladoras possam ser utilizados no Brasil. Possibilidade já está prevista na chamada Lei Covid

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (9) para garantir a compra e o fornecimento de vacinas contra Covid-19, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não aprove os imunizantes em 72 horas.

A OAB argumenta que essa dispensa deve valer para as vacinas já registradas em renomadas agências de regulação no exterior. A liberação já está prevista na chamada "Lei Covid", aprovada pelo Congresso Nacional no início da pandemia. A ação pede que o Supremo declare a "plena vigência e aplicabilidade" da legislação.

“É imprescindível que o governo brasileiro paute os protocolos de intenção e memorandos de entendimento relativos à aquisição de vacinas na comprovação estritamente técnica e científica, independentemente da origem nacional do imunizante”, diz a ação.


Segundo a OAB, “a plena garantia do direito à vida e à saúde, nesse contexto, se dá com a possibilidade de que se oferte aos brasileiros todas as vacinas que já tenham atingido fases avançadas de testes e demonstrado a segurança e eficácia necessária. Não pode o governo federal eleger alguns imunizantes em detrimento de outros sem a devida motivação técnico-científica necessária à publicidade, moralidade e impessoalidade que devem permear todos os atos administrativos”.

Acordos fechados

O governo federal tem acordos fechados para a compra de 100 milhões de doses da "vacina de Oxford", desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Fiocruz, e de 42,5 milhões de doses via consórcio internacional Covax, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde chegou a anunciar acordo para a compra da vacina da Sinovac, produzida em parceria com o Instituto Butantan, mas recuou depois de pressão do presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: G1