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Região 06/10/2023 08:45
Por: Diego Foppa

Uma história de coragem e superação

Atual secretaria de Educação de Novo Cabrais, Rosana Kohls, viveu a realidade do câncer e conta como foi sua rotina, do diagnóstico até a cura

  • Rosana destaca o apoio dos filhos Leonardo e Vitória:
  • Rosana e a equipe da oncologia na última quimioterapia

A luta contra o câncer de mama da secretaria de Educação de Novo Cabrais, Rosana Kohls, começou antes mesmo dela ser diagnosticada com a doença. Isto porque, em 2015, sua mãe que desenvolvia a doença a alguns anos recebeu a notícia de que não haveria cura para  a doença. Na época, Rosana residia e trabalhava em Concórdia, em Santa Catarina. Porém, com o agravamento da doença de sua mãe, em 2019, ela decidiu ‘largar tudo’ no Estado vizinho e retornar para Novo Cabrais, após mais de 30 anos. “Tomei essa decisão, após o médico dela nos falar que ela não teria um prazo de vida longo. Eu sentia que precisava passar mais tempo ao lado dela”, relembra. 

Três anos depois, em agosto de 2022, Rosana estava se preparando para realizar um procedimento estético, quando sentiu algo de consistência diferente em seu seio. Ao fazer o autoexame, verificou a existência de um caroço. “Em março do mesmo ano eu havia feito uma ressonância magnética, que não havia apresentado qualquer problema. Por isso, eu achava que esse caroço não era nada demais”, relata. Contudo, ao comentar com seu médico, em setembro o resultado de um novo exame veio e constatou um câncer. Eram três nódulos, sendo o maior de três centímetros. 

O recebimento do diagnóstico foi um dos momentos mais difíceis para Rosana. Ela conta que, ao tomar conhecimento da doença, entrou em pânico. “Ver a fisionomia do médico, abrindo o envelope com o resultado do exame foi muito difícil. Eu entrei em pânico. De imediato se passou pela minha cabeça que poderia ser o fim da minha trajetória”, conta. No entanto, o apoio do filho Leonardo, que residia em São Paulo, e de sua filha Vitória, foram fundamentais para decidir enfrentar a doença. “Costumo dizer que esse meu sofrimento não durou mais que uma noite, pois esse apoio foi fundamental. Decidi pela vida, decidi lutar, decidi superar. E nunca duvidei da minha cura. Eu sabia que meu bem maior, que são meus filhos, estavam ao meu lado, torcendo por mim. Além disso, sempre tive muita fé”, revela. 

Porém, em meio à luta com a doença, Rosana acabou perdendo sua mãe no dia 3 outubro de 2022, em decorrência da doença. Neste período, Rosana estava na fase de exames para encaminhar o início das sessões de quimioterapia. “Procurei canalizar minha energia para enfrentar o problema”, afirma. Ao todo, ela realizou oito sessões de quimioterapia. Foram quatro brancas e outras quatro vermelhas. Neste período, ela conta que também utilizou remédios homeopatas. “Todo tratamento do câncer é muito invasivo, mas eu sempre tive sintomas muito amenizados, tanto que não parei de trabalhar”, afirma. Ela finalizou as sessões de quimioterapia em abril deste ano. Depois, ela fez novos exames que constataram uma fibrose no local em que estavam os tumores. Desta forma, foi necessário realizar a retirada de parte de um dos seios.

 

“Não se pode subestimar o menor sinal”, afirma Rosana 

O Outubro Rosa é celebrado anualmente em todo o mundo com o objetivo de estimular a prevenção ao câncer de mama. A campanha, que completou 15 anos no Brasil em 2023, propicia um maior compartilhamento de informações sobre a doença, além de facilitar o acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento. Ainda que tenha um espaço de divulgação amplo, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo mais incidente entre as mulheres no país e a primeira causa de morte entre a população feminina em todas as regiões. O recado que Rosana deixa para as mulheres é que estejam sempre atentas. “Não se pode subestimar o menor sinal. Devemos ficar atentas com os sinais do nosso corpo e buscar ajuda se necessário”, finaliza.