Campanha de Vacinação contra a gripe começa imunizando os idosos

Terá início no dia 23 de março, em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Em função da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde fez algumas alterações no calendário habitual da vacinação. Por se acreditar que os idosos estariam mais propensos ao risco de contágio, as primeiras vacinas na rede de saúde pública serão feitas inicialmente em idosos (pessoas com mais de 60 anos) e trabalhadores da área da saúde. A preferência dada ao público idoso se justifica pelo fato de se acreditar que eles estariam mais suscetíveis às complicações do vírus Sars-Cov-2 (Coronavírus), embora isso não signifique que a vacina contra a Influenza possa impedir o contágio com o coronavírus. Já os trabalhadores da área da saúde receberão a imunização também a partir do primeiro dia da campanha por estarem em maior contato com ambos os vírus. De acordo com informações do Ministério da Saúde, em 2020 a campanha buscou evitar a vacinação de todo o público-alvo ao mesmo tempo para colaborar com o objetivo geral motivado pela pandemia do coronavírus de evitar grandes aglomerações nos postos de saúde.

A partir do dia 16 de abril, a campanha será ampliada e serão imunizados professores, profissionais das forças de segurança, profissionais de salvamento e pacientes com doenças crônicas, tais como hipertensão, diabetes e asma. A partir do dia 9 de maio, será a vez das crianças receberem a imunização. Serão vacinadas crianças de seis meses a menores de seis anos, além de pessoas entre 55 e 60 anos incompletos. Na mesma data, começarão a ser vacinadas gestantes, puérperas e a população indígena. O Dia D de Mobilização Nacional está agendado para 9 de maio, data em que postos de saúde irão disponibilizar a dose para todo o público-alvo. Vale lembrar que todos os brasileiros, sem contraindicação, mesmo não integrando o público-alvo, podem adquirir a dose da vacina contra a gripe na rede privada.

AS DIFERENÇAS ENTRE O CORONAVÍRUS E A GRIPE

De acordo com infectologistas, os males causados por vírus respiratórios possuem sintomas semelhantes, fato que pode trazer alguma confusão. Os principais sinais da Covid-19 (nome dado à doença provocada pelo Sars-Cov-2) são febre, tosse, dificuldade para respirar, podendo também fazer parte dessa lista coriza e dor de garganta. Pela semelhança dos sintomas, não é possível diferenciar a infecção pelo coronavírus de uma gripe. O que ajuda no diagnóstico é saber se a pessoa acometida dos sintomas mencionados visitou algum lugar onde há intensa transmissão do coronavírus 14 dias antes do surgimento dos primeiros sinais de infecção. Porém, mesmo nesses casos, a confirmação virá apenas mediante testes que descartam a gripe e um exame específico para o Sars-Cov-2, disponível tanto nas redes pública como privada. Em todo caso, não se recomenda a todos que apresentarem os sintomas a fazerem exames. Somente os que se enquadram nos critérios de caso suspeito devem realizá-lo, após consulta médica para verificar a real necessidade. Mesmo porque os tratamentos da gripe e do coronavírus são praticamente os mesmos. É importante ressaltar que estão mais sujeitos ao coronavírus idosos, pessoas com doenças crônicas e indivíduos com o sistema imunológico abalado.