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Polícia 07/11/2022 08:45
Por: Redação

Município está há mais de 400 dias sem homicídios

Último homicídio doloso consumado ocorreu em 1º de outubro de 2021; estatística não inclui feminicídios

  • Delegado Diego Traesel: seguir com as boas práticas
  • Índice de vítimas de homicídio apresentou uma queda brusca em 2022

Por muitos anos, a comunidade candelariense precisava conviver com uma rotina de violência oriunda do tráfico de drogas. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, nos últimos 10 anos, Candelária registrou 89 homicídios, com um pico de 14 vítimas de homicídio em 2016. Entretanto, as entidades de segurança pública do município têm motivos para celebrar um índice recente: no dia 1º outubro, foi completado um ano sem registro de homicídios dolosos consumados; no sábado, já são 400 dias desde a última ocorrência. É importante destacar que neste cálculo não estão incluídos os feminicídios.

De acordo o delegado Diego Traesel, para um município que apresentou índices incômodos de homicídios, completar um ano sem registrar este crime é uma conquista para todos os órgãos de segurança da cidade. Segundo ele, a redução destes crimes está ligada principalmente às operações de combate ao tráfico de drogas conduzidas em Candelária pela delegada Alessandra Xavier.  “O grande propulsor destes crimes é o tráfico de drogas. Portanto, a partir da repressão ao tráfico, diversos índices criminais baixaram muito”, explica. 

A despeito do bom resultado, Traesel sabe que há ainda muitos desafios para manter baixos os índices de violência. Segundo o delegado, é preciso manter a linha de atuação que está trazendo bons resultados. “Seguiremos investigando e combatendo o tráfico”, salienta. Ainda conforme Traesel, uma das ferramentas importantes a serem implementadas no município é o cercamento eletrônico. O intuito é ter câmeras posicionadas em locais estratégicos, de modo a monitorar eventuais fugas de criminosos. “Hoje o crime anda sobre rodas. E para Candelária que, por ser central, tem tantas rotas de fuga,     poderíamos obter muito sucesso utilizando essa tecnologia”, pontua.

FEMINICÍDIOS – A despeito do índice positivo nos homicídios, a violência contra a mulher segue sendo um problema cujo combate ainda requer aprimoramentos. Neste ano, segundo dados da Secretaria de Segurança, foram contabilizados dois feminicídios no município. Para o delegado Diego Traesel, a complexidade da questão exige um outro tipo de abordagem, como a criação de espaços de denúncia e acolhimento para as vítimas. Para tanto, a Polícia Civil está trabalhando para criar uma Sala das Margaridas na delegacia, espaço voltado para atender a todas as demandas envolvendo a Lei Maria da Penha.