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Geral 16/03/2023 20:21
Por: Charles Silva

Há 7 anos, labradora leva jornal aos tutores

Faça chuva ou faça sol, Laika está sempre à espera do entregador para levar o jornal a seus tutores, residentes na Linha Palmeira

  • Laika aguarda ansiosamente para entregar o jornal nas mãos de Fabiana
  • Laika com Fabiana Schultz

A Folha de Candelária viaja centenas de quilômetros todas as semanas para levar informações corretas e de qualidade para seus assinantes. Além das áreas urbanas, dezenas de localidades do interior são percorridas através dos entregadores, que percebem os problemas e belezas de cada um destes locais. Entre as particularidades que saltam aos olhos, destaca-se a dedicação de uma labradora que, independente do horário ou condição climática, aguarda inabalável a aproximação do entregador para buscar o jornal para seus tutores.

 A labradora Laika, de 7 anos, foi adotada pelo casal Fabiana e Rogério Schultz, da Linha Palmeira. De acordo com Fabiana, a família começou a ensiná-la a buscar enquanto era apenas um filhote. Contudo, não esperavam que a brincadeira se tornasse praticamente uma missão para Laika. “Ela conhece o barulho da moto e pela manhã está sempre atenta a qualquer aproximação. Quando a moto chega, ela corre ao encontro do entregador, pega o jornal e aguarda ao lado do portão até que alguém apareça, não importa o tempo que demore, ela não rasga e nem o deixa de lado”, conta a dona.

A relação entre os entregadores e os cães normalmente é complicada. Se você já passou em locais onde há cães nas ruas, certamente já os presenciou latindo e correndo atrás do veículo, seja ele um carro, uma moto. Por isso, a docilidade e o compromisso de Laika ao receber o entregador acabaram se tornando um verdadeiro evento durante as entregas. “Quando me aproximo da entrada da propriedade, fico procurando ela. Basta alguns segundos  para ela aparecer correndo, aí faço a volta e fico esperando enquanto ela percorre os cerca de 50 metros até mim. É uma felicidade só, para nós dois!”, relata.

O entregador conta que algumas vezes Laika está presa na casa dos tutores, mas quando se aproxima consegue ouvir os latidos dela pedindo para sair. “Ela faz uma barulheira, como se exigisse sua soltura. Caso eu já tenha saído quando ela chega, ela busca o jornal no cano. Mas geralmente eu espero. O nosso encontro melhora meu dia”, pontua.