Nova administração assume Hospital buscando reconstruir a credibilidade da instituição

Na última segunda, 5, os novos diretores, Lairton Kuhn e Júlio Stefanello, assumiram oficialmente a Administração do Hospital Candelária, substituindo Aristides Feistler, que esteve à frente da função nos últimos 10 anos. A dupla dividirá o comando da casa de saúde com presidente Romi Àvila Hugo, em conjunto com os demais membros da nova direção, eleitos no último dia 30 de maio.

Lairton Kuhn é contador e vem se especializando em Gestão Hospitalar, já havia participado da última gestão da casa de saúde como tesoureiro. Agora, assume também a função de vice-presidente e como diretor administrativo irá se dedicar mais à parte financeira. Já Julio Stefanello é cara nova na gestão do Hospital Candelária. Psicólogo, dedicou a maior parte de sua carreira à atenção básica. Entretanto atuou recentemente como presidente do Conselho municipal de saúde e também fez parte da comissão que acompanha o contrato da prefeitura com o hospital. Portanto, seu papel com diretor administrativo será voltado à gestão da saúde.

Sob o olhar atento e apreensivo da comunidade de Candelária, os novos diretores esperam superar a desconfiança e devolver a credibilidade à instituição, desgastada devido as recentes polêmicas. Questionados sobre os primeiros passos de sua gestão, a dupla afirma que é cedo para dar qualquer diagnóstico, entretanto, pede colaboração e confiança da comunidade para reerguer o Hospital Candelária.

De acordo com Stefanello, a dupla está completamente dedicada a conhecer todos os setores e inteirar-se de suas demandas. “Nesse primeiro momento, estamos tentando estar o mais presentes possível dentro da instituição. Sabemos que o processo inicial será de muito trabalho, pois há muita informação que a gente precisa ficar por dentro Somente a partir de um reconhecimento prévio poderemos fazer algum tipo de mudança”, conta.

De acordo com Kuhn, outra parte importante do trabalho é equilibrar a questão financeira do Hospital. Embora a situação das contas da casa de saúde não seja considerada particularmente ruim, os repasses do governo são insuficientes para que sejam realizadas grandes melhorias na instituição. “É preciso lembrar que o hospital é uma entidade privada, de cunho filantrópico e não visa o lucro. Porém, mais de 90% dos nossos atendimentos são via SUS, que nos paga valores defasados. Não existe mágica, mas trabalharemos muito para mudar essa situação”, relata.

Stefanello reforça que não serão feitas grande mudanças no início da gestão. Ele entende que, embora existam críticas, a casa de saúde atende centenas de pacientes todos os meses e tem muitos processos que valem como exemplo regional. “Pegamos um trem que está andando. Tem muitas equipes dando seu melhor para atender nossa população. Somos referência em Saúde Mental, Oftalmologia, Cirurgias Eletivas e Obstetrícia. Os ajustes vão ser feitos onde forem necessários, mas o que estiver funcionando bem, mantém-se”, afirma.

Para retomar os laços com a comunidade, Kuhn frisa que sua administração será totalmente voltada à transparência e colaboração. O administrador alega que, mesmo antes da posse, a diretoria já havia conversado e adotado os termos como prioridade em sua gestão. “Queremos o Poder Executivo, Legislativo e a comunidade em geral caminhando do nosso lado. Estamos aqui para aprender e para somar. O Hospital Candelária é dos candelarienses e faremos tudo que tiver ao nosso alcance para torná-lo ainda melhor”, concluiu.

Por fim, os novos administradores agradeceram o apoio que tem recebido da sociedade candelariense e reafirmaram seu compromisso de trabalhar incansavelmente para restabelecer a confiança na instituição e garantir a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à comunidade.