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No tribunal
Dia 8 de abril, em um tribunal de uma cidadezinha do interior, uma velhinha começava a responder às perguntas:
– Qual o seu nome?
– Juvência Rosa.
– Idade?
– Tenho 67 anos.
– Dona Juvência, onde a senhora estava há uma semana atrás? E diga-nos o que aconteceu.
– Eu estava sentada no banco de uma praça, dando comida aos pombos quando surgiu um jovem e se sentou ao meu lado.
– Você o conhecia?
– Não... Nunca vi mais gordo.
– O que ele fez?
– Ele começou a conversar comigo e logo acariciou a minha coxa.
– A senhora o deteve?
– Não.
– Por que não?
– Foi agradável... Ninguém nunca mais havia feito isso depois que o meu marido, que Deus o tenha, morreu.
– E depois? O que aconteceu?
– O levei para minha casa, o convidei para fazermos tricô, tomamos uns drinks, e então, ele começou a acariciar meus seios.
– A senhora tentou evitar?
– Não.
– Por que não?
– Porque me fez sentir excitada... Não me sentia assim há anos!
– O que aconteceu depois?
– Eu disse: "Me possua!"
– Ele a possuiu?
– Não... ele gritou: "Primeiro de Abril"! Foi aí que eu abri a gaveta, puxei o revólver do falecido e dei o tiro nele!