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25/08/2009 16:56
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Taxista ? executado a tiros em Linha Boa Vista

Na manhã da última terça-feira, 4, por volta das 6h45, a Brigada Militar foi informada de que um corpo havia sido encontrado ao lado de um táxi, em uma estrada lateral situada no km 142, às margens da RSC-287, próximo ao salão Gigante, em Linha Boa Vista. Ao chegar ao local, os policiais militares identificaram o corpo como sendo o taxista Josiel Porto, de 22 anos. A vítima estava caída ao lado do táxi, um veículo GM/Celta, placas ILX 8414, de cor branca. Ao averiguarem a vítima e o veículo, os policiais encontraram o celular particular da vítima, R$1,80 em moedas, cds, documentos pessoais da vítima e uma carteira de couro com documentos de Alberto Alves Saraiva, vulgo Beto Saraiva, cunhado da vítima e proprietário do táxi conduzido por ele. Apenas o celular do táxi foi furtado do local. Josiel foi morto com quatro tiros, com dois atingindo a cabeça, um o tórax e outro o abdômen, todos no lado direito da vítima, o que leva a crer que apenas uma pessoa estava com Josiel, sentada no lado do caroneiro do veículo.
SEIS HORAS - Segundo o delegado Eron Marques de Lemos, a vítima apresentava sinais de já estar morta há mais de seis horas, com o crime tendo ocorrido entre as 21h e as 22h da última segunda-feira, 3. Moradores próximos ao local do crime afirmaram à polícia ter ouvido disparos neste horário. A polícia investiga duas hipóteses para o crime, a primeira, mais forte e contundente, de um homicídio qualificado (execução) e a segunda, menos provável, de um latrocínio (roubo seguido de morte).
HIPÓTESE - Para o delegado, a morte de Josiel pode ter envolvimento com outros dois crimes ocorridos há pouco tempo na região do Vale do Rio Pardo, com ligações fortes ao tráfico de drogas. Os crimes citados são o duplo homicídio, que vitimaram Darlan Alves Saraiva e Marlene Rodrigues no dia 10 de junho na Vila Ewaldo Prass, em Candelária, e o assassinato do árbitro de futebol Edmílson Figueiredo de Mello, o Misso, ocorrido no início do mês de agosto em Vale do Sol. “Ao que parece foi uma queima de arquivo, pois a vítima poderia saber demais”, contou o delegado.
SEPULTAMENTO – O velório de Josiel Porto ocorreu na capela mortuária Santa Ana, da comunidade católica e o sepultamento às 10h de ontem, no cemitério da Costa, na localidade do Pinheiro. Josiel era casado e tinha um filho.

Mais segurança
Com a notícia da morte do taxista Josiel Porto, todos os colegas de profissão da vítima passaram a prestar uma homenagem ao colega morto com uma tarja preta no capô de todos os táxis da frota candelariense. Segundo o presidente da Associação Candelariense dos taxistas, Alberi do Nascimento, a homenagem é também uma forma de protesto contra os freqüentes assaltos sofridos pela classe. “Todos os taxistas têm medo de trabalhar à noite devido aos altos índices de assalto”, frisou o presidente. Segundo os colegas, Josiel Porto trabalhava há aproximadamente um ano no ponto situado em frente ao INSS e costumava realizar corridas à noite. Alberi destaca que nos últimos cinco meses este foi o quarto ataque sofrido por taxistas, sendo este último terminado de forma trágica. Para o taxista Carlos Alberto Lüdtke, de 57 anos, há seis na profissão, todas as ocorrências acontecem à noite. “Pessoas suspeitas sempre pedem corridas para as rodovias nestes horários”, contou. Alberi e os demais taxistas acham que a falta de segurança é o principal problema da freqüente onda de assaltos contra a classe. “Temos uma idéia de construir um espaço para se instalar um posto policial junto à praça, para buscar dar uma maior sensação de segurança”, concluiu o presidente.