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25/08/2009 16:56
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Candelarienses participaram da Marcha das Margaridas

A 3ª Marcha das Margaridas, realizada nos dias 21 e 22 de agosto em Brasília, que objetivou debates relacionados à realidade das moradoras do campo teve a participação de três candelarienses, a professora aposentada, trabalhadora rural e segunda tesoureira do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária, Zoni Porto Rehbein, a integrante do conselho fiscal do STR Doli Konrad, e a primeira secretária e diretora de jovens da Fetag, Josiane Einloft. Junto com outras 50 mil mulheres, elas entregaram uma pauta de reivindicação ao presidente Lula pedindo, entre outras coisas, mais crédito para as trabalhadoras do campo e sugere políticas públicas para o fortalecimento da atividade rural no Brasil.
Um dos debates da Marcha tratou sobre a violência doméstica, com a realização de uma palestra que contou com a presença de Maria da Penha Maia, vítima que se transformou em símbolo do combate à violência contra a mulher e deu nome à Lei 11.340, que torna mais rigorosa a pena para este tipo de agressão. A coordenadora da Comissão Nacional de Jovens da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Maria Elenice Anastácio, falou da importância da informação para modificar a situação de violência vivida por várias mulheres do campo. Ela lembrou que historicamente a sociedade diz que “em briga de marido e mulher não se mete a colher” e questionou essa cultura.
Durante a manifestação, as trabalhadoras apresentaram documento com 107 pedidos ao governo. Em tom de brincadeira, o presidente disse que a pauta era “quase um programa de governo”, mas foi o tema Previdência Social que ganhou destaque. As mulheres do campo querem continuar tendo direito a aposentadoria quando completam 55 anos, cinco anos a menos da idade necessária para a aposentadoria das trabalhadoras urbanas. Segundo Zoni, o presidente Lula garantiu que não serão suprimidos os direitos já conquistados na Constituição para as trabalhadoras rurais.
Na 2ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, representantes de organizações sociais e governamentais aprovaram duas moções com 800 assinaturas em favor dos direitos previdenciários das mulheres.Entre as reivindicações está a manutenção da diferença de idade entre homens e mulheres para aposentadoria, continuidade da vinculação da aposentadoria com o salário mínimo, aprovação de projeto de lei que reafirma direitos das trabalhadoras e reconhecimento do tempo de trabalho doméstico para fins de aposentadoria.