Logo Folha de Candelária
25/08/2009 16:56
Por:

Cachoeira entra na briga de Cerro Branco pela RS 153

Líderes cachoeirenses finalmente se deram conta da importância dos insistentes pedidos de prefeitos da região centro-serra pela construção do prolongamento da BR 153. O trecho projetado seguiria em linha reta desde o trevo de Novo Cabrais até Cerro Branco, passando pela Linha Negra e Linha Alta, convergindo com a RS 400 na altura de Lagoa Bonita do Sul. A “ficha caiu” quando o governo do Estado anunciou, dia 6, que fechou acordo com o governo federal para conclusão do trecho norte da RSC 471, que liga o município de Barros Cassal a Santa Cruz do Sul.
A conclusão da rodovia permitirá desafogar a BR 116, absorvendo o escoamento da produção do centro do Estado até o Porto de Rio Grande. O governo gaúcho vinha pleiteando a federalização do trecho norte devido ao fato de que esse segmento da estrada se sobrepõe ao desenho da rodovia Transbrasiliana (BR 153), em construção pelo governo federal, ligando o país de norte a sul e também ao Mercosul. O trecho reconhecido pelo governo federal integraria o chamado faltante da BR 153 no Estado, que coincide com a RSC 471. As obras foram iniciadas pelo governo gaúcho já com a perspectiva de federalização e inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por ser um dos eixos estruturantes do plano de governo.
Em reunião que tratou sobre o desenvolvimento regional, realizada na terça-feira, 11, em carro Branco, estiveram líderes que representam os 12 municípios que compõem a Amcserra. Mesmo não fazendo parte da associação, o vice-prefeito de Cachoeira do Sul, Hilton de Franceschi, resolveu colocar o município na briga pela construção da BR 153 no trecho que passa pela serra, uma vez que a viabilização da obra traria benefícios diretos a Cachoeira do Sul, principalmente no que se refere ao escoamento de grãos ao porto e à utilização da malha ferroviária. Como conseqüência, a obra desafogaria também a RS 400, que liga Sobradinho e Candelária, e que apresenta-se em estado precário em razão do alto fluxo de caminhões pesados. Franceschi se comprometeu em usar de seu prestígio político para rever a posição do governo do Estado e lutar junto com os municípios da Amcserra. Ao final, foi acertada a montagem de um dossiê que irá apontar a precariedade e falta de estradas na região de Cachoeira, notoriamente mais pobre que a de Santa Cruz do Sul, como forma de impedir que verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sejam aplicadas indevidamente. O diagnóstico deverá estar concluído em até 10 dias.