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25/08/2009 16:56
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Reuni?o tenta viabilizar a conclus?o do Diplomata

Uma babilônia de concreto situada na avenida principal de Candelária para muitos já passa despercebida, objeto comum aos olhos. No entanto, para os mais observadores, não há como deixar de admirar a magnitude do prédio Diplomata ainda inacabado e de fazer alguns questionamentos, como: “qual é o futuro desta obra”?
Se depender da comissão de representantes do edifício, composta por Paulo Luiz Lindemann, Marco Aurélio Treichel e Fernando Lersch, esta não é mais uma pergunta sem resposta. A intenção é que as obras de conclusão sejam retomadas em breve para que, no máximo em 24 meses, o Diplomata esteja finalmente pronto.
Dentro deste propósito, foram contratadas advogadas de Santa Cruz do Sul que estão entrando em contato com todos os condôminos e estudando formas para que estes regularizem a situação de seus saldos devedores. “É uma força-tarefa para a conclusão do prédio”, explica Marco Treichel. Ele ainda reforça que, ao contrário do que muitos pensam, a estagnação do edifício não tem nada a ver com possíveis problemas relacionados à empreiteira responsável pela obra, já extinta, mas com a inadimplência dos condôminos. “A construção parou porque as pessoas pararam de pagar seus apartamentos. Porém, a conclusão do prédio ainda é viável, basta que todos normalizem suas dívidas”, argumenta.
Após um primeiro encontro no início deste mês para a contratação do escritório de advocacia, nesta terça-feira, 18, às 19h, acontecerá uma Assembléia Geral Extraordinária no auditório da Acic com todos os condôminos. Na oportunidade, serão discutidos assuntos diversos, como análise e votação de novo regimento interno de edificação, análise e votação da retomada da obra e medidas a serem adotadas, análise e votação do valor mínimo de venda das unidades disponíveis e eventual forma de custeio de diferença a ser arrecadada entre os condôminos, bem como análise e cotação sobre a retomada dos pagamentos dos contratos. Segundo Fernando Lersch, a comissão conta com a presença de todos para que se consiga, definitivamente, reiniciar os trabalhos do edifício Diplomata.

A história do Diplomata
A construção do edifício Diplomata foi iniciada em 26 de fevereiro de 1992, há 15 anos. O prédio tem 16 apartamentos, 24 salas comerciais (situadas até o quinto andar) e quatro lojas térreas. Deste montante, restam ainda três salas e três apartamentos a serem vendidos. Mas a obra, que era para ser um diferencial, nunca foi finalizada e há muitos anos é uma sombra adormecida no centro de Candelária. A primeira parada na edificação foi em 1994. Quatro anos depois, mais uma fase foi construída e desde então há um esforço para que o imóvel seja terminado. Durante todo este tempo, surgiram diversos mitos em torno do edifício. Há gente que já condenou a obra e afirma que a estrutura está comprometida. Segundo a comissão, isto não passa de folclore. “O prédio está em ótimo estado de conservação, não tem infiltração de umidade e nenhum outro problema”, garante Marco Treichel.

A Comercial Lersch
O terreno onde está situado o edifício Diplomata pertencia à família Lersch, que cedeu o espaço para a construção a partir de uma negociação. Segundo Fernado Lersch, eles receberam uma parte em área construída e pagaram a diferença da metragem, espaço onde funciona a Comercial Lersch.