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25/08/2009 16:56
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Bo?ssio participa de reuni?o com empres?rios cal?adistas

Uma reunião com empresários do ramo calçadista, articulada pelo vice-prefeito Ênio Hübner durante o tempo em que ficou à frente do executivo por ocasião das férias de Lauro Mainardi, aconteceu na manhã de quarta-feira, 19, na prefeitura. Na ocasião, também esteve presente o deputado estadual do PMDB Álvaro Boéssio, que já presidiu a Federação dos Trabalhadores na Indústria do Calçado e do Vestuário do Rio Grande do Sul. A tônica da reunião foi a crise por que passa o setou coureiro-calçadista no estado.
Proprietários e representantes das empresas Artecola, Inject, GL Calçados, Schmidt, Candino, Pingüim e Pardo ouviram do prefeito Lauro Mainardi a intenção da municipalidade em ajustar o crescimento e buscar mais empresas para absorver a mão-de-obra qualificada existente. “Nossa intenção é unir forças para manter e, com o apoio do deputado Boéssio, tentar aumentar o número de vagas nas indústrias”, ressaltou. O prefeito lembrou que a prefeitura tem concedido benefícios, principalmente através do pagamento de aluguel dos prédios. Já o parlamentar sustentou que vem defendendo sistematicamente medidas protecionistas ao setor calçadista, como a criação de barreiras fiscais aos produtos asiáticos, aumentos na fiscalização sobre produtos pirateados, incentivos fiscais, economia de custos que possibilitem melhores condições para competir com o mercado externo e a desoneração fiscal das folhas de pagamento das empresas. “Caso não sejam adotadas medidas de urgência que possam desafogar a indústria calçadista, esta, infelizmente vai desaparecer”, salientou. Boéssio também criticou a política econômica nacional ao promover defasagem cambial que, conforme ele, é a principal responsável pelo desemprego de mais de 150 mil pessoas em pólos calçadistas em 12 anos. “Tinhamos 250.000 empregos gerados pela indústria calçadista no Estado, hoje são menos de 100 mil”, revelou.

E a Schmidt?
Como o prédio da prefeitura em que funcionou a Schmidt Calçados ainda abriga 70% do maquinário, existe ainda a possibilidade de que a situação se reverta e a empresa possa reativar a fábrica em Candelária. Pelo menos é esta a esperança do prefeito Lauro. Sinal disso foi a presença na reunião do chefe de recursos humanos da empresa, Zeiro dos Santos, mas nada foi confirmado pela direção da Schmidt.