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Mobiliza??o tenta manter a Schmidt
A palavra oficial da Schmidt Irmãos indica ser irreversível o fechamento da fábrica de Candelária. Mesmo assim, a esperança de uma reviravolta está mobilizando o Executivo, o Legislativo, a Acic (Associação do Comércio e Indústria de Candelária) e os funcionários. A notícia do encerramento das atividades da unidade industrial e a dispensa dos 180 funcionários - já destacada na edição da Folha de terça-feira - surpreendeu as lideranças locais. Embora a empresa justifique o fechamento da fábrica pela conjuntura desfavorável do setor, existe quase um consenso na cidade de que o impasse no dissídio da categoria influenciou a decisão.
O prefeito Lauro Mainardi lembrou ontem que a Prefeitura está há algum tempo empenhada em intermediar um acordo entre a classe patronal e o Sintravestuário (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário). Neste sentido, o chefe do Executivo afirmou ter ocorrido um avanço na negociação. Segundo informou, a representação das indústrias irá apresentar uma nova contra-proposta ao sindicato. Ele acredita que a proposição será aceita. “Temos que conseguir esse acordo, até para prevenir que outras empresas não tomem o mesmo rumo da Schmidt”.
De qualquer forma, Lauro acredita que a Schmidt ainda possa rever sua posição. “Enquanto houver uma esperança, vamos lutar para que isso aconteça”, salientou. O prefeito observou que a administração está realizando um grande esforço para promover um avanço industrial no município. “Há situações que não dependem da nossa vontade, mas, mesmo assim, temos que buscar soluções para garantir emprego para nossa gente”, acrescentou. Neste aspecto, defendeu a união de todas as forças do município, lembrando que numa hora como essa as diferenças tem que ser deixadas de lado.
UNIÃO - Temporal de granizo. Dessa forma, o presidente da Acic, Clairton Kleinert, qualificou a situação envolvendo o fechamento da Schmidt. Ele se mostrou preocupado com as repercussões econômicas desta realidade. Por isso, disse que a entidade se colocou à disposição do Executivo para ajudar no que for possível. “Na segunda nos reunimos duas vezes com a chefia do Executivo e alguns vereadores e, à noite, participamos da sessão da Câmara”. Kleinert também acredita que o melhor caminho para modificar o quadro desfavorável no setor calçadista é a união das lideranças.
PASSEATA - Os funcionários ameaçados também não estão alheios à situação. Na terça-feira, 27, uma passeata com cerca de 60 pessoas terminou em frente à Prefeitura. Na oportunidade, o prefeito Lauro detalhou todo o esforço que a municipalidade está fazendo para solucionar o problema, inclusive na negociação com o sindicato. O assunto também dominou os debates da sessão de segunda-feira, 26, da Câmara Municipal, que contou com a participação do prefeito em exercício, Ênio Hübner (veja na página 13 da versão impressa a sessão Câmara em Resumo).