Logo Folha de Candelária
25/08/2009 16:56
Por:

Ma?as e Diamantes

Por volta do ano de 1920, um imigrante europeu resolveu tentar a vida nos Estados Unidos. Julgou que a melhor forma de levar seus pertences para a nova vida seria vender tudo o que tinha e, com o dinheiro, comprar uma pedra preciosa. E foi o que fez. Adquiriu um diamante.
Na viagem, para passar o tempo, começou a entreter os passageiros no convés fazendo malabarismo com maçãs. Feliz com os aplausos que sua habilidade começou a lhe render, resolveu tornar a coisa mais emocionante: colocou seu diamante junto com as maçãs em sua exibição. Os demais viajantes ficaram apreensivos. “Não, não faça isso! Uma coisa é brincar com maçãs, outra, com um diamante!” Mas aquele medo só serviu para deixá-lo mais ousado em seu show particular. E então o pior aconteceu. Durante uma das exibições, o navio balançou e inclinou para um dos lados. As frutas lhe saíram do controle e o diamante também. Caiu no chão, rolou pelo convés e acabou caindo pela amurada, perdendo-se em direção ao fundo do mar. Tudo, simplesmente tudo o que tinha pereceu no fundo do oceano.
Olhando para o mundo, podemos ver muitas pessoas fazendo malabarismos com diamantes, com os tesouros que Deus colocou em suas mãos. Muitas pessoas fazem malabarismos com a fé, com o próprio corpo, com o esposo, esposa, filhos, amigos, colegas de trabalho... Brincam com pedras únicas, que não podem ser repostas. Muitos não calculam o depois ao fazerem ‘malabarismos’, colocando estes bens em risco. Então, antes que possam fazer alguma coisa, um solavanco da vida pode causar uma perda irreparável, uma perda que poderia ser evitada.
Uma coisa é brincar com maçãs. Outra, com diamantes.
Por isso, até dá pra fazer malabarismos com o secundário. Mas não dá pra brincar com o principal. Para o periférico, em maior ou menor importância, há recuperação. Mas para o essencial, nem sempre. O problema não é correr riscos que, em muitas situações da vida, tornam-se fundamentais para o avanço. O problema é correr riscos desnecessários: jogar pra cima o que deveria estar bem guardado.
Os instantes de aplauso valem uma vida de arrependimento?
Se precisar jogar algo pra cima, faça isso com as maçãs. Cuide bem dos diamantes e tenha certeza de que aqueles que estão acompanhando sua vida, isto é, Deus e as pessoas que se importam com você, vão ficar bem menos apreensivas e vão aplaudir ainda mais.
Neste ano de 2008 e em toda a sua vida, não esqueça da grande diferença entre maçãs e diamantes.

• Pastor Ismar L. Pinz
Adaptado de mensagem de Lucas Albrecht do blog:
toquedevida.blogspot.com