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Inc?ndio dizima toda uma safra em Linha do Sul
Na tarde da última segunda-feira, 21, um incêndio destruiu por completo dois fornos de estufa e um galpão na propriedade de Rudi Gelsdorf, situada na localidade de Linha do Sul. Segundo a moradora Glaci Espiridião, que reside no local ao lado das estufas, o fogo iniciou por volta das 13h. “Fui olhar o meu filho que estava brincando na rua e vi uma fumaça forte saindo do galpão. Em seguida, explodiu tudo”, contou. Imediatamente os bombeiros foram acionados. Vizinhos tentaram apagar as chamas, mas devido à forte fumaça nada puderam fazer. “Em questão de minutos, o fogo já estava atingindo os fornos. Não tivemos tempo de fazer nada”, frisou resignada. Os bombeiros atenderam à ocorrência e utilizaram os três caminhões da corporação para conter as labaredas. Segundo Roy Joel Kiefer Y Castro, presidente dos Bombeiros Voluntários, foram utilizados 17 mil litros de água na luta contra as chamas. “Devido a vários focos que apareciam, ficamos com uma equipe até as 17h para evitar que o fogo se alastrasse para as propriedades vizinhas”, disse. Um curto-circuito nos fios da rede elétrica do galpão é a hipótese mais provável para o início do sinistro. Foram destruídas aproximadamente 500 varas de fumo que estavam para secagem em cada forno e 400 arrobas do tabaco estocadas no galpão prontas para serem classificadas. Segundo Glaci, seu marido, Antônio Vilmar de Lima, planta em sociedade com Gelsdorf. A moradora disse ainda que somente o fumo que estava nas estufas possui seguro. O que estava no galpão foi perdido. “O trabalho de uma safra foi todo perdido. Não sabemos como será daqui para frente”, concluiu.
ALERTA - O presidente dos bombeiros pede a compreensão às pessoas das comunidades quando acontecem as ocorrências. “A partir do momento em que recebemos a primeira chamada, já nos mobilizamos para atender a ocorrência. Caso mais pessoas liguem relatando o mesmo fato, as linhas ficam congestionadas e não conseguimos comunicar os demais bombeiros”, frisou. Castro disse que os bombeiros possuem o limite de quatro minutos após a primeira chamada para sair da sede. Outro ponto que dificulta a rapidez no atendimento dos bombeiros é a falta de educação dos motoristas nas estradas. “Os motoristas não dão o lado e nos atrapalham para chegar às ocorrências o mais rápido possível”, disse o presidente. Castro também faz um apelo aos motoristas. “Quando ouvirem a sirene dos bombeiros, dê passagem. Com esta atitude é uma vida ou uma propriedade que poderá ser salva”, concluiu.