Por: Isabel Bohrer Porto
Chegando em Candelária em 1970
por Júlio Massirer
Em maio
de 1970, peguei minha lambreta LI 125 e parti para assumir meu cargo no Banco
do Brasil de Candelária, tomando o rumo
da estrada para Bexiga e, via
Pinheiro, chegando ao meu
destino.
Passando
pelo Aeroclube de Candelária, logo
avistei o Engenho dos Gewehr e o eletricista Theodoro Gewehr. Chegando
na esquina, vi o Mercado de
Theobaldo Steil
Entrei na
cidade que, na época, tinha a fama de "Capital
dos Sapos". Na primeira esquina, ficavam os Postos de Gasolina do Reginaldo Hegele e Victor Porto
dos Santos.
Percorrendo a Pereira Rego
Seguindo
pela Avenida Getúlio Vargas, encontramos
a Distribuidora de Bebidas do Osmar Netto e, ao dobrar à esquerda, o Mercado
Schwantz e Wachholz. Em frente, ficava
a loja de roupas Dorinho, seguida pelo Clube Aliança.
Subindo a Avenida Pereira Rego, vimos
a construção do Edifício do IPE. Na esquina à esquerda, ficava a Lancheria do Didi, de Eurípedes Ferro. À frente, havia a moradia de Helmut Thumé, com seu filho, o dentista Dr. Moacir, que
atendia ali. Ao lado, o primeiro edifício da cidade, onde se instalou
brevemente o Banco do Brasil, tendo como primeiro gerente o Sr. Arlindo Merten,
que residia no primeiro andar. Seguindo, encontramos a Funerária do Sr. Arnoldo Gewehr.
Dobrando
um pouco para a direita, havia o
prédio onde se encontrava, por longo período, o Fórum, seguido pelo antigo
prédio histórico onde funcionou o Presídio Municipal por um bom tempo e,
depois, na esquina, o Colégio Nossa Senhora Medianeira, dobrando a direita a
Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelaria.
Voltando
à Pereira Rego, via-se no lado
direito o Estúdio Fotográfico de Waldomiro Roos, logo a Funerária de Alito Haun,
e na frente, com quase meia quadra de extensão, o antigo Salão do “Otti” Ottmar
Heinze, onde a juventude se reunia para danças e jogos de entretenimento.
Na esquina
da Rua Botucaraí, à esquerda ficava a Agrovale, de Carutz Spengler e Rodolpho
Schmachtenberg, comércio de tratores e máquinas agrícolas, local de encontro
dos agricultores para o chimarrão e atualização das novidades e econômicas.
Voltando à Pereira Rego, tínhamos
a Loja Girardi e, na esquina, o Escritório de Contabilidade dos Irmãos Loewe.
O prédio
próprio do Banco do Brasil veio logo depois (onde hoje é o Banrisul) e se
destacava na esquina da Pereira Rego com Quinze de Novembro, ao seu lado, o
ponto de encontro da cidade, o Cine Coliseu, dirigido por Ernani e Rudi Becker,
e a sua frente, a loja do Osmar Hoeltz, a Esquina Móveis.
Na
Pereira Rego com Andrade Neves o prédio Unibanco e na frente, a loja de roupas
do Emílio Mundstock . Na outra esquina o Banco Nacional do Comércio, que se tornou a Casa de Cultura.
Hotel e Praça Central
Virando a
Andrade Neves, chegamos ao Hotel dos Viajantes, que era uma referência regional
de hospedagem, administrado pelos proprietários Ewaldo e Olga Prass. Em frente
à Igreja Evangélica Luterana Cristo, a Praça Alberto Blanchardt da Silveira,
que marcava o centro da cidade. Voltando pela Pereira Rego, ao lado da praça, a
Loja Schmidt e, do outro lado, a Relojoaria Spengler, de Willian e Milton
Spengler.
Ali, chegamos ao ponto
principal: o Clube Rio Branco, onde se realizavam os mais belos bailes de
debutantes e reuniões dançantes, além dos campeonatos de futsal e de bolão com
os Grupos Ferro Velho e Comercial. Em frente ao Clube, a Lancheria Meu
Cantinho, de Neri Moraes, e, seguindo,
a Farmácia do Dodge Thumé, quase em frente
Na
próxima esquina, a Madeireira Gewehr, de Hugo Gewher. Logo a seguir, à direita,
o Mercadinho Knies, vizinhando com a Loja Radünz, de Armando Radünz, e na
esquina, a loja de roupas de Juvenal Bello.
Seguindo a Pereira Rego esquina com 7 de julho, encontramos a Relojoaria de Milton Borchhardt, tendo ao seu lado a elétrica de Edegar Ensslin.
Vamos
dobrar pela rua 7 de julho onde vamos encontrar a Igreja Sinodal e na frente a Oficina
de Milton Menezes e Edson Richter
Voltando
à Pereira Rego, esquina com a Thompson Flores, a tradicional Farmácia Kaercher,
do seu "Botica" Osvaldo Kaercher, onde, além dos produtos
farmacêuticos, aos sábados se reuniam os parceiros para conversar e apreciar
uma caipirinha especial. Em frente, a loja de eletrodomésticos e a tipografia
de Ernesto Schmidt.
Seguindo
a Loja de Calçados Martin, de Lé Martin, seguida pelo Supermercado
Schmachtenberg, de Isidoro Schmachtenberg. Na quadra seguinte, a Bebidas
Botucaraí, de Nestor Schmidt, e ao seu lado, o Posto Weber, de Horst Weber, e
em frente, a loja de roupas Nuquinha, de Reinaldo Grehs.
Na quadra
seguinte, na esquina com José Bonifácio, o bar de Olímpio Schmachtenberg, o Cabelinho.
Já ao lado, a oficina e venda de bicicletas de Nelson Gewehr.
O Fim da Avenida
Chegando à
quadra final da Pereira Rego, a Ferraria de Armindo Radtke, com comercialização
e fabricação de material agrário para lavouras. Vamos dobrar na Rua Middendorf
para ainda visitar uma grande loja de muito prestígio da cidade, a Ferragem
Hintz, dirigida por Elemar Hintz.
Encerramos
a Avenida Pereira Rego com a Escola Estadual Gastão Bragatti Lepage, que
mantinha alunos de todo o Estado em regime de internato para ensino, inclusive
de técnicas agrícolas.
Mais de
50 anos se passaram e hoje novas empresas substituíram estas ora citadas, mas
nossa intenção foi de voltarmos
ao tempo, para que o passado fique ainda nas nossas boas lembranças.
Recordar é reviver um bom tempo.
Sobre o autor: Bancário
aposentado, Massirer vive há 55 anos em Candelária. Atuante no movimento
escoteiro e entusiasta do turismo, promove a causa no município há décadas.
Além disso, leva Candelária consigo nos 38 países que já visitou.