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Conselho busca solu??es para o tr?nsito
“(...) O comércio crescia e surgiam as primeiras indústrias. Foi tão significativo o desenvolvimento que, em 9 de maio de 1876, o distrito foi elevado para a categoria de Freguesia, com invocação de Nossa Senhora de Candelária. Quando chegou o século XX o núcleo urbano já contava com cerca de 150 moradores, a maioria estabelecida ao longo da rua do Comércio, que hoje é a nossa Avenida Pereira Rego. (...) Em 1924 reuniões no Clube Rio Branco marcavam a tentativa dos republicanos de emancipar Candelária. O decreto de criação de Candelária deu-se em 7 de julho de 1925. Nesta data o presidente do Estado, Borges de Medeiros nomeava Intendente para o município criado, o Sr. Albino Lenz. Nascia um município com vocação para o desenvolvimento (...).
O recorte do breve histórico sobre a cidade de Candelária com grifo sobre o núcleo urbano se faz necessário para, depois de 107 anos, analisar as mudanças no centro da cidade. No início, os carros de boi eram maioria; os veículos automotores eram um privilégio dos mais abastados e acontecer um acidente de trânsito era como acertar na loteria. Entretanto, o tempo passou, o município se emancipou, a cidade cresceu, a população aumentou e o número de carros e problemas também. Para os motoristas do município, que já estão acostumados a circular pelo centro, os problemas até que são contornados com facilidade, mas levando em conta que a cidade tem um grande potencial turístico cabe aqui uma pergunta: será que para quem vem de fora não está faltando algo nas ruas de Candelária?
Sim, o trânsito, principalmente no que concerne à sinalização, está uma verdadeira bagunça. Para comprovar isto basta percorrer duas ou três quadras no centro ou mesmo nos bairros. Entre as principais falhas estão os estacionamentos oblíquos em ambos os lados das ruas transversais, o que é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. Além disso, as faixas amarelas pintadas ao longo das calçadas por proprietários de estabelecimentos comerciais ou até mesmo pela Brigada Militar tira os já escassos espaços para estacionamentos. O fato de que caminhões estacionem ao longo da avenida para descarga é aceitável, mas o que dizer de motoristas que circulam somente por circular no centro? As paradas de ônibus, colocadas “estrategicamente” nas esquinas também complicam a vida de outros motoristas. E o velho problema do entroncamento das avenidas Júlio de Castilhos e Getúlio Vargas, não seria coerente ter a preferência quem vem pela reta? Não seria exagero dizer que a página poderia ser completada com outras indagações desta ordem.
Pois estes e inúmeros outros questionamentos foram colocados em uma reunião do Conselho Municipal de Trânsito na segunda-feira, 21, na sede da Acic. Eles farão parte do levantamento que tem por objetivo colocar a casa, ou melhor, o trânsito em ordem. Com a aprovação da totalidade dos membros, o Conselho indicou o chefe de gabinete da prefeitura, Nelson Farias, e o sargento Netto, da Brigada Militar, para a realização de um mapeamento das irregularidades verificadas, e cujos problemas farão parte de um relatório que deverá estar concluído e entregue até a próxima reunião do Conselho, no dia 9 de abril, na sede da Brigada Militar. É importante esclarecer que não se pode multar quando não há regras para obedecer, por isso, se faz premente correção dos problemas para, após, serem desencadeadas campanhas educativas, uma vez que passa também pela conscientização de todos o sucesso da ação.