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25/08/2009 16:56
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Medicamentos sofrem reajuste

Desde esta segunda-feira, 31, os preços de cerca de 20 mil medicamentos sofreram reajuste. Os índices fixados aos fabricantes pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, variam em três faixas diferenciadas de remédios, de 4.61%, 3.56% e 2.52%. De acordo com definição do Cmed, o aumento médio fica em 3.18%. Estão fora do reajuste medicamentos fitoterápicos e homeopáticos.
A nova tabela de preços repassada aos fabricantes chega, inevitavelmente, às prateleiras das farmácias. No entanto, segundo o farmacêutico Douglas Kaercher, da Farmácia Kaercher Agafarma, os consumidores não devem ficar aterrorizados, uma vez que o reajuste interfere pouco nos preços. O Cataflam 50mg, por exemplo, deve aumentar menos de R$ 0,30. Passa de R$ 9.34 para R$ 9.63. Todavia, o farmacêutico reconhece que para quem usa continuamente algum medicamento a diferença pode pesar no bolso, ainda mais para quem recebe salário mínimo.
Mesmo com as cifras se elevando, a boa notícia para a população vem por meio de índices comparativos. É que em 2007 os aumentos autorizados foram maiores do que este ano, de 5.51%, 4.57% e 3.64%. Para calcular o reajuste a Cmed costuma utilizar como referência o nível de competição nos mercados a partir do grau de participação dos genéricos nas vendas. Além disso, o órgão também considera o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o fator de produtividade e a variação dos custos do setor. Segundo a Anvisa, o próximo reajuste deve ocorrer somente em março de 2009.

Entenda
O aumento dos medicamentos saiu no Diário Oficial e já está em vigor desde ontem, 31. O reajuste varia de 2.52% a 4.61% e é aplicado em 76% dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro. Os aumentos serão divididos em três níveis. Um de 4,61%, atingindo cerca de oito mil remédios, entre eles, antiinflamatórios, antidepressivos, corticóides, penicilinas e tranqüilizantes. O segundo, de 3,56%, abrange dois mil medicamentos, incluindo antibióticos e diuréticos. O último, de 2,52%, engloba cerca de 14 mil remédios.