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25/08/2009 16:56
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Ludibriadas, duas famlias vivem situao de misria

As secretarias da Agricultura e da Assistência Social e Habitação, juntamente com o Conselho Tutelar e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária estão acompanhando o drama de duas famílias trazidas de Salto do Jacuí para a Cabeceira do Salso, interior de Candelária, sob a promessa de compras de uma área de terras que seria financiada através de Crédito Fundiário. A descoberta se deu após a análise do cadastro da família feita pelo Conselho Agropecuário de Candelária. Segundo informações obtidas pela reportagem da Folha de Candelária, dois casais e 15 crianças estariam vivendo em situação de miséria em barracos montados na localidade. Pelo apurado, eles foram trazidos por um caminhoneiro da cidade em que viviam, onde trabalhavam como garimpeiros. O nome do caminhoneiro segue mantido em sigilo até que as famílias registrem ocorrência na Delegacia de Polícia de Candelária. Até o momento, o que se sabe é que o intermediário teria comprado a residência de uma das famílias em Salto do Jacuí a troco da quitação das dívidas que esta havia contraído no comércio de sua cidade de origem. Com o pagamento das dívidas e o nome limpo nos órgãos de proteção ao crédito, eles poderiam se habilitar à compra das terras. Porém, o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Candelária, Dilson Dittberner, assegurou que a terra prometida seria imprópria para produção, já que trata-se de cabeceira de um morro que, em sua maior parte, é composto por vegetação nativa, cujo corte é proibido. Extraoficialmente o caminhoneiro estaria ganhando comissão dos proprietários após a venda das terras, fato que deverá ser apurado assim que iniciarem as investigações.
ASSISTÊNCIA – A pedagoga da secretaria municipal da Assistência Social de Candelária Cristiele Fagundes informou ontem à tarde que as famílias manifestaram o interesse em voltar para seu município de origem, onde já havia uma rotina de acompanhamento, incluindo atendimento psicossocial, pois além da situação de vulnerabilidade social existem crianças com doenças mentais. Neste sentido, explicou que a secretaria local as está orientando sobre os procedimentos a serem tomados, uma vez que o local em que residem atualmente é de difícil acesso e praticamente inexistem meios que garantam sua subsistência.