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O 6 andar e as nossas confisses
Sei que devemos ser cautelosos quanto ao ato de julgar, mas todas as evidências estão apontando para o fato de que foi o pai e a madrasta da Isabella que cometeram este crime horrível.
A crueldade do crime causou arrepios! Mas, quero falar de outra coisa que me arrepia! Trata-se das mentiras vergonhosas! É surpreendente que depois de tantas evidências continue a seqüência incrível de mentiras e incoerências sobre esse caso. Até o presente momento não há um decreto de culpa ao casal, mas ao que tudo indica, mesmo que alguém tivesse filmado e mostrasse o filme com a cena em que jogam a menina pela janela, eles continuariam a negar tudo!
Na minha cabeça, o mínimo de dignidade seria uma confissão clara, sincera e corajosa. Porém coragem não combina com covardia! Como esperar coragem de quem foi covarde a ponto de torturar e matar uma criança de cinco anos?
A palavra de Deus diz coisas importantes sobre a confissão. Deus coloca a confissão não como algo somente recomendável, mas como algo necessário, como algo que obrigatoriamente acompanha um coração arrependido e humilde.
Notem que agora já não estou falando em uma confissão perante um júri terreno, já não estou falando do caso da menina Isabella, mas estou falando dos nossos erros e das nossas confissões perante Deus, estou falando das vezes que nós jogamos o respeito com Deus e com o próximo pela janela.
As Escrituras Sagradas nos dizem assim em 1 Jo 1.8: "Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós." - Notem que o versículo destaca a palavra "se...", isto é, "se" não confessarmos, se não admitimos os nossos erros, mentimos a Deus e nos enganamos a nós mesmos. Em um primeiro momento, parece impossível mentir e enganar a nós mesmos, mas é bem isso que acontece! Criamos em nossa mente desculpas para os nossos pecados, justificamos daqui e dali. Sim, eu fiz, mas foi por causa disto, por causa daquilo e daquilo outro. Falamos como se o erro tivesse uma justificativa! Talvez perante as pessoas existam justificativas, mas não perante Deus!
Mencionei anteriormente que, no caso do pai e da madrasta, mesmo que houvesse um filme com imagens, ainda assim eles negariam. Mas será que perante Deus não fazemos a mesma coisa? Afinal, Ele acompanha tudo, mas mesmo assim nós seguimos negando e desmentindo!
Uma coisa é certa! Os nossos pecados, realizados no 1º, 2º ou 6º, andar nos separam de Deus. Foi por amor que Cristo sacrificou-se na cruz para conquistar o perdão! No entanto, aqueles que continuam agarrados em seus pecados e não se arrependem, renegam o perdão, desperdiçam o perdão e por isso não serão perdoados.
E preciso abrir o coração e confessar! Isso não nos isentará da culpa, nem nos tornará merecedores do perdão. Não! Não é isso! O fato é que a confissão sincera e humilde é conseqüência natural na vida de uma pessoa que teme a Deus e que realmente está arrependida e consciente da gravidade de cada um dos seus pecados, mesmo daqueles que aos olhos do mundo não são tão graves.
O conselho da maioria dos advogados é: "Neguem tudo! Neguem até o fim!" Meu conselho é: "Confessem seus pecados a Deus! Consertem seus erros perante o próximo e confiem no supremo conselho do apóstolo João, que inspirado por Deus escreve assim: "... se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: Ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade." (1 Jo 1.9).
Ismar Pinz