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Plano Ambiental prev unidades de conservao
O Plano Ambiental de Candelária está em fase de estruturação, sendo um instrumento de desenvolvimento sustentável para reduzir as dúvidas em relação a questões ambientais. Uma das bandeiras defendidas pelo projeto é a preservação de pontos naturais e históricos importantes do município, como a Cascata da Ferradura, Morro Botucaraí, Ponte do Império e Redução Jesus Maria.
Conforme o secretário municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Orlando Carlos Freire Kochenborger, o plano prevê unidades de conservação nestes locais. “São áreas criadas com o objetivo de harmonizar, proteger recursos naturais e melhorar a qualidade de vida da população”, esclarece. Futuramente, tais unidades deverão ser regulamentadas, seja através de parcerias com iniciativas públicas e privadas ou por meio do gerenciamento integral da municipalidade. “Através do poder público há a possibilidade de se buscar recursos junto ao governo federal para desenvolver projetos nestes locais”, justifica.
Durante a semana passada uma comitiva esteve visitando a Redução Jesus Maria, na localidade de Linha Boa Vista, também conhecida como Trincheira. O secretário Orlando Kochenborger, seu irmão João Luis Kochenborger, o técnico agrícola da secretaria Émerson Pothin e Gerson Carvalho, proprietário da empresa contratada para executar o Plano Ambiental, percorreram o local, que ainda é desconhecido de muitos candelarienses. A intenção é de que em breve esta riqueza do município não fique mais no esquecimento. “Uma comunidade, quanto mais adulta e consciente, tanto mais cuida de seus interesses de maneira participativa. O poder público deve estar em sintonia e uma dessas funções é o ordenamento em todos os segmentos da sociedade, entre eles, o meio ambiente”, finaliza.
Redução Jesus Maria
A Redução Jesus Maria está situada na localidade de Linha Boa Vista em Candelária, também conhecida como Trincheira. Integrou as 18 primeiras Reduções Jesuíticas no Rio Grande do Sul. Sua origem remete a1633, 50 anos antes do surgimento dos Sete Povos das Missões. No local, viveram cerca de 12 mil índios, organizados pelos padres jesuítas em um socialismo missioneiro que primava pelo trabalho em comunidade. Vivendo aproximadamente quatro anos na Redução Jesus Maria, os indígenas foram dizimados pelo bandeirante Rapozo Tavares, que, atrás de escravos e riquezas, matou mais de quatro mil índios na invasão. Várias peças indígenas recolhidas no município estão expostas no museu do Colégio Mauá, em Santa Cruz do Sul.