Depois do frio, a chuva

O inverno que começa oficialmente às 20h59min de hoje, 20, já antecipou seus efeitos aos gaúchos desde o mês de abril, quando foram registrados recordes para a época. Durante toda a semana, uma massa de origem polar derrubou as temperaturas em todos os Estados da região sul. Várias cidades registraram temperaturas negativas. E os especialistas afirmam que o inverno desse ano será ainda mais rigoroso do que o do ano passado.
De acordo com o meteorologista Eugênio Hackbart, da MetSul, o inverno climático deve se estender até o mês de outubro, com intervalos de calor em agosto e setembro. Nos próximos meses, a tendência é que surja o fenômeno La Niña, mas as condições seguirão favoráveis ao ingresso de massas de ar frio no território gaúcho. Entre julho e setembro, período oficial de inverno, a tendência é de eventos de extremo frio. Na segunda metade do inverno, especialmente nos meses de agosto e setembro, o Rio Grande do Sul terá o risco de ocorrência de muita chuva, com possibilidades de cheias, segundo a MetSul.
CHUVA - A formação de um sistema frontal sobre a Região Sul do Brasil trouxe chuvas para o Estado gaúcho já durante o dia de ontem. Para hoje, o tempo instável deve permanecer. Para Candelária, o instituto Somar prevê uma precipitação de 12 mm ao longo da sexta-feira, com mínima de 13º e máxima de 18º. Para sábado e domingo, de acordo com a mesma previsão, o tempo deverá firmar, com mínimas de 6º e máximas de 16º.
INTERNAÇÕES - Um dos efeitos mais indesejados do frio são as doenças respiratórias, que fazem crescer consideravelmente as internações hospitalares. Segundo informações obtidas ontem à tarde no Hospital Candelária, a Casa de Saúde já mostra os efeitos da onda de frio dos últimos dias. Estavam internadas até o final da tarde desta quinta-feira 68 pessoas (a média nos meses quentes é de 35 a 60), a maioria com problemas respiratórios, incluindo doenças broncopulmonares, asma e pneumonia.