Sorte � pra quem sabe

Semana passada o prêmio acumulado da Megasena me deixou meio tentadão. Joguei na sexta esperando o resultado de domingo e... acumulou. Na quarta, o prêmio era mais de R$ 15 milhões e... saiu para um rabudo de São Paulo, que levou sozinho a bolada. O negócio é continuar trabalhando e tentando a sorte vez por outra. Mas eu só jogo quando o prêmio acumula, porque tenho um sonho de pagar todos os carnês do Dorinho de uma só vez. Enquanto isso, fico contente quando vou à loja e quito um. Mas sempre que estou saindo vem uma das gurias e diz: “Olha, chegou umas coisas tãããão lindas...”. E eu, caindo em tentação, saio de lá com um carnê quitado e outro novinho em folha (em folhas, neste caso)!
Mas assim como eu, tem muita gente que tenta a sorte em loterias, em máquinas caça-níqueis, em jogo de cartas, etc..., e uma coisa que já faz um tempão me deixou com a pulga atrás da orelha foi quando escutei numa rádio o locutor com sua voz impostada dizer: “Pegue sua caneta e o papelzinho que já, já divulgaremos a Loteria do Paraná!”. Depois de fundir a cuca cogitando hipóteses cheguei à seguinte conclusão: de que seria para informar aos caminhoneiros paranaenses que cruzam nossas rodovias o resultado da loteria de sua terra natal. Sim, porque me informei nesta semana aqui na agência lotérica que não existem à venda bilhetes da loteria do Paraná.
Mas já que o assunto é sorte, lembrei de um caso que aconteceu com um amigo meu que, na clandestinidade, apostou no tal de “Jogo do Bicho”. Ele havia sonhado durante uma semana que aqueles cabelinhos que crescem no fiofó estavam se enrolando. Intrigado com o fato, foi recomendado por outro amigo a procurar um “bicheiro” para dar o prognóstico.
Chegando lá, o “bicheiro” disse: – “Olha, o único bicho que que eu sei que fica se enrolando é a cobra!”.
– “Pois então eu quero jogar R$ 50,00 na cobra”, sentenciou o sonhador.
Jogou e no outro dia deu COELHO no primeiro prêmio. Desiludido da vida, ainda mais sem os R$ 50,00 na carteira, foi chorar as pitangas para o amigo, que perguntou em que bicho ele havia apostado.
– “Joguei na cobra, porque o bicheiro disse que é o único bicho do jogo que se enrola”, justificou.
– “E que bicho deu?”, perguntou o amigo.
– “Coelho.”
– “Mas tu é burro mesmo!”, lascou o outro.
– “Mas por que?”, indagou o azarado.
– “É tudo uma questão de interpretação do sonho. Tu não sonhou durante uma semana que os cabelos do fiofó estavam se enrolando?”, indagou.
– “Sim, sonhei!”, respondeu.
– “E tu sabe como se chamam os cabelinhos próximos ao pinto, né?”, tornou a indagar o amigo.
– “Claro, são os pentelhos!”.
– “Então, seu idiota, se os cabelos do pinto são pentelhos, os cabelos do fiofó são CUELHOS! Dãããããã!”
Sem comentários e mil perdões às crianças que crescem tendo que ler este tipo de coisa.