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O inverno e suas complicaes
Não querendo ser repetitivo com o título acima, o inverno tem lá suas complicações. Entre as tantas que este mediano colunista do interior passa, a que mais enche o saco é o pessoal comentando: “Tá frio hoje, né?”. Queriam o que? Temperatura para andar de biquini ou de sunga na rua? Isso é no verão, quando o pessoal comenta: “Tá quente hoje, né?”. No ônibus é sempre a mesma coisa, uma comadre comentando com a outra: “Minha fia ganhô um gripão e uma tosse que parece que tá gumitando os purmão”. Tudo que é assunto converge para o frio, como esta conversa no MSN.
Cris diz:
Tô pestiada, ranhenta, com dor de cabeça .
Luís Roberto diz:
Então tu não é a pessoa ideal para conversar no momento. Detesto contrair gripe. Tchau!
Mas existem outros problemas peculiares do inverno, como por exemplo, os elásticos dos cuecões. Eu tenho dois cuecões de estimação que uso desde que parei de crescer, ou seja, há um monte de anos mesmo. Minha mulher comprou dois novinhos, brancos, mas eu ainda prefiro os velhos, que me viram crescer dentro deles, o verde musgo e o amarelo fralda. Acontece que com o passar das décadas, os dois foram lasseando tanto eu todinho caibo numa perna só do cuecão. E olha que já passei por apuros por causa disso. Noite destas, a patroa se levantou para escovar os dentes de madrugada (fica feio dizer que ela foi fazer xixi aqui, então é melhor não arrumar complicações) e quase causa um acidente que não me acontecia desde os tempos que tinha dentes-de-leite. Naquele vira, esfrega, retorce e puxa para... se esquentar, ela acabou entrando numa perna do cuecão e ao sair por pouco não me derruba da cama. Claro que nada disso teria acontecido se ela tivesse arrumado o elástico que hoje mais parece uma entretela fina e poída.
Outro fato recente (do inverno passado, para ser mais exato) envolveu meu chinelo forrado. Aparentemente estava tudo normal quando os calcei, mas na hora de tirar, notei que algo estranho aconteceu, porque nunca tinha visto pelos crescer nas unhas. Ao investigar melhor o caso, descobri que eram cabelinhos (ou pelos) de ratos que ficaram grudados nas unhas por causa da umidade dos pés. Descobri então que cabelos de ratos aliados à umidade típica do inverno uma doença chamada chulé; mas o que me deixou mesmo puto da cara foi pensar que meu chinelão velho de guerra virou motel de rato. Eu até que teria mais algumas coisinhas para escrever, mas como meus dedos estão encarangados e chegou uma notícia de última hora, vou deixar para outra data.
Diversão Prevenção
se ensina desde cedo
"O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ontem o início da produção de 400 máquinas de camisinhas que serão instaladas nas escolas públicas que participam do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas. Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 135 escolas públicas de 33 municípios do país, com jovens de 13 a 24 anos, representando 102 mil alunos, identificou que 89,5% dos estudantes ouvidos consideram a disponibilização de preservativos nas escolas como sendo uma "idéia legal". O Ministério informou ainda que 65% dos pais ouvidos também aprovaram a iniciativa".
Agora vem a parte do que eu acho que vai acontecer. Aproveitando a ótima estrutura das escolas, o governo deverá instalar clínicas ginecológicas e maternidades como forma de dar suporte às futuras gestantes caso as camisinhas apresentem algum problema de fabricação. Isso oportunizará mais vagas para profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, requerendo a realização de um concurso público. A secretaria de Educação poderia aproveitar a deixa para incluir no kit de material didático e livros alguns pacotes de fraldas, Hipoglós, tip-tops e chupetas. E imaginem o papo entre aluno e professor.
Aluno: – Professor, preciso sair!
Professor: – Ok, vai ao banheiro?
Aluno: – Não, vou pegar uma camisinha na máquina porque tem uma gatinha da 7ª série me dando mole.
Eu também tenho idéias legais de vez em quando!