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Pintor pega seis anos no segundo julgamento
Foi realizado na última sexta-feira, 4, no salão do júri da Comarca de Candelária, o segundo julgamento do pintor Aldonir Israel. Ele e Márcio Nei dos Passos são acusados pela morte de Ênio Siqueira Garske, ocorrida após uma discussão em um bar na rua da Praia no dia 28 de abril de 2001. Garske foi alvejado com três disparos de arma de fogo e morreu no Hospital Candelária. No primeiro julgamento, ocorrido no dia 22 de agosto de 2005, os dois foram absolvidos da acusação de homicídio simples. Na oportunidade, Israel foi absolvido pelos jurados com a tese de legítima defesa e Márcio Nei por negativa de autoria. O promotor de justiça Elemar Gräbner recorreu da sentença e o Tribunal de Justiça anulou o júri por considerar decisão manifestamente contrária às provas dos autos do processo. Com isso, Aldonir Israel voltou ao banco dos réus na última sexta-feira. A acusação foi feita pelo promotor Elemar Gräbner, que novamente enquadrou o réu por homicídio simples. A defesa foi realizada pelo defensor público José Patrício dos Santos, que trabalhou com as teses de legítima defesa, negativa de dolo e homicídio privilegiado. Após a análise do júri, a sentença foi proferida pelo juiz Gérson Martins da Silva, condenando Israel por homicídio simples a seis anos de reclusão no regime semi-aberto.
MUDANÇAS – Segundo o juiz Gérson Martins da Silva, o segundo julgamento de Márcio Nei dos Passos acontecerá no próximo dia 1º de agosto. O juiz destacou que este julgamento será o último com a antiga regulamentação sobre o rito de processos do júri, pois no dia 8 de agosto entrará em vigor a nova lei sancionada em junho pelo presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. O juiz salientou que a nova lei irá simplificar o número de audiências, o sistema de votação dos jurados e também excluirá com o segundo julgamento, até então obrigatório nos casos de condenação por mais de 20 anos de reclusão.