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25/08/2009 16:56
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Rachas, barulho e muros trincados

Em janeiro deste ano, após um abaixo-assinado apoiado por mais de 200 pessoas, o Conselho Municipal de Trânsito apostou no estreitamento da pista central na Rua Gaspar Silveira Martins. Na época, foram instalados tachões nas duas mãos de tráfego com a intenção de melhorar a segurança no local. Ainda durante a construção do sistema, o proprietário da Lancheria Botucaraí, Altair Roos, previa que as mudanças não seriam suficientes para conter a velocidade. Esta semana ele ratificou o que disse há seis meses e pediu um posicionamento dos responsáveis.
Conforme relata, os rachas continuam sendo comuns e perturbando a vizinhança. “É mais uma pista de corrida do que uma via pública. Tinham era que pintar faixas de largada e chegada”, diz. Segundo conta, os redutores de velocidade serviram mesmo foi para reduzir o sossego de todos. Ao passar por cima dos tachões, os automóveis causam muito barulho e também rachaduras nos muros e paredes. Além disso, há os que simplesmente desviam da sinalização e andam na contramão. Em menos de 15 minutos no local, a reportagem da Folha flagrou esta situação. “Espero que sejam tomadas providências”, reclama, sugerindo a troca dos tachões por semáforos ou por lombadas eletrônicas.
COMTRA – O presidente do Conselho Municipal de Trânsito, Air Menezes, afirma que o Conselho apenas determina as mudanças no trânsito e que o projeto dos redutores de velocidade na Rua Gaspar Silveira Martins foi baseado no Código Brasileiro de Trânsito e está em conformidade com a lei. Em relação aos possíveis problemas causados, ele ressalta que a partir do momento em que é concluída a obra, a responsabilidade passa a ser da fiscalização policial, e este sim poderá coibir que condutores trafeguem na contramão ou ultrapassem a velocidade permitida no trecho, que é de 40 km/hora e sinalizado. “Se os motoristas andassem na velocidade permitida, não causariam barulho ao passar pelos tachões”, explica. Menezes que não descartou a possibilidade de futuramente, caso necessário, ser elaborado um novo estudo para o local. O Presidente o Conselho ainda ressalta que não foi procurado e não recebeu nenhuma correspondência sobre o fato.