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25/08/2009 16:56
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Lei Seca zero completou quatro meses

A lei de tolerância zero ao álcool no trânsito completou segunda-feira quatro meses de vigência e seus efeitos continuam positivos nas estradas do Brasil.  O Departamento Nacional de Trânsito divulgou semana passada um levantamento sobre a ocorrência de acidentes depois da Lei Seca em capitais brasileiras. Segundo o governo federal, em julho e agosto, 15 cidades tiveram redução de 7% em mortes no trânsito.
A lei tem seus reflexos em todos os cantos do país. Na região de Candelária o número de acidentes e principalmente mortes caíram depois da vigência da lei. Segundo o sargento Ênio Eduardo Paim, comandante da Guarnição da Polícia Rodoviária Estadual de Santa Cruz, o ponto mais positivo é a redução de mortes nas estradas. Neste ano até o mês de maio foram registradas seis mortes nas rodovias da região, incluindo a RSC 287, que passa por Candelária. A partir de junho não ocorreram mais mortes.
O sargento Eduardo ressalta que em compensação aumentaram o número de motoristas que tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH)  apreendida.  Nestes quatro meses foram 16 casos, contra apenas dois no mesmo período de 2007. “Essas apreensões ocorrem por que desde junho intensificamos as ações de patrulhamento com a utilização do bafômetro, principalmente em datas comemorativas e nos finais de semana” destacou.
Conforme o sargento, uma parcela dos motoristas já assimilou a lei e evita a combinação de álcool e direção, mas outra parcela, não tem dado muita atenção para a lei e continua bebendo e dirigindo. “Como a lei prevê uma fiança, isso dá uma confiança para alguns motoristas”, destacou.

Na RS 400, acidentes diminuíram este ano
Segundo o sargento Rogério Lemos, do Grupamento de Cachoeira do Sul, os casos de acidentes na RS 400 diminuíram este ano. Uma das razões apontadas por ele seria a criação da lei de tolerância zero. "Este ano registramos apenas cinco acidentes na rodovia e apenas com danos materiais. No ano passado foram cerca de 12 casos, alguns com mortes", disse. Lemos acrescenta que os motoristas abordados em blitze também estão mais conscientes. "Muitos levam as esposas para dirigir depois das festas e evitam misturar a bebida com volante", disse. O único motorista preso em flagrante por dirigir embriagado foi flagrando na RS 400, nos primeiros dias de vigência da lei.

Importante
Desde o dia 20 de junho, o condutor flagrado dirigindo alcoolizado deverá ter a Carteira Nacional de Habilitação suspensa por 12 meses, pagará multa de R$ 957,70, além de sofrer a retenção do veículo até apresentação de condutor habilitado e o recolhimento do documento. A concentração de álcool igual ou superior a 0,6 grama por litro de sangue ou 0,3 miligrama por litro de ar expelido dos pulmões é crime. Nesse caso, a pena é detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a habilitação para dirigir veículo.