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E o assunto .... cabelos (pintados ou no)
Um dos piores problemas que passam pela minha cabeça é.... cabelo. Desde pequeno já usava este mesmo tipo de corte tipo “juquinha” que todo mundo está acostumado a ver. Meu álbum de bebê mostra uma vasta cabeleira escura, que aos cinco, seis anos já era meio aloirada e, depois teve a sua fase mais duradoura, a acastanhada. Depois dos 30, começaram a nascer uns cabelos brancos; talvez pela judiação que eu tenha cometido com as melenas ao lavá-las com sabão de casa ou sabonete. Claro que graças às técnicas de hoje em dia, é possível ter o cabelo da cor que se quer. Eu, por exemplo, faço algumas luzes de vez em quando para esconder os brancos. Não dá tanta bagunça como as tinturas, além de ser um processo durável e menos nocivo aos cabelos. É para parecer mais jovem? É, sim. Só não consigo entender por que a maioria dos homens que pinta o cabelo tem a mania de negar, como se fosse uma coisa do outro mundo. Os exemplos são vários, e desta forma seria impossível discorrer um pouco mais sobre o assunto sem citar exemplos, e para isso tive que recorrer a alguns nomes conhecidos na cidade.
Entre os homens que não se importam de dizer que pintam os cabelos está o Beto Moto. Ele pinta o cabelo de caju e nunca escondeu isso de ninguém, mas ultimamente anda se descuidando por causa da obra do restaurante no parque de eventos. Vez por outra ele aparece aqui na redação meio “mouro”, de tanto cimento e cal no cabelo. Aliás, o restaurante está prontinho, bonito e inaugura hoje, uma boa pedida para a sexta-feira. Feita a propaganda que deve render pelo menos uma dose de uísque, vamos aos que pintam os cabelos mas negam de pé junto. Quem conhece o Roque Radtke há mais de 30 anos, como eu, sabe que ele sempre usou aquele mesmo penteado e nunca usou barba. Sabem por que? Porque a barba denuncia quem pinta os cabelos. Barba branca aparecendo e cabelo sem nem um fio branco é sinal de tintura. O Jorge Mallmann é outro desses que diz que não pinta o cabelo, mas vez por outra é visto de barba branca. É outro que pinta. João Porto, da prefeitura: nenhum fio de cabelo branco e barba branca. É o mesmo caso. O Marcos Escobar já é uma exceção: tem barba branca mas não pinta o cabelo, e todo mundo sabe por que (não tem). E assim eu poderia elencar uma centena de pessoas que insistem em negar que pintam os cabelos, mas vamos respeitar suas opiniões, afinal, é um direito que lhes assiste.
Mas para não perder a olada, dia desses minha esposa pediu para comprar um condicionador de cabelos. Fui à prateleira dos cosméticos, uma das mais extensas, e fiquei boquiaberto com a variedade. Existe cremes para branco, índio, negro, cafuzo, mulato, mameluco e até para vegetarianos e para canibais. A coisa tá tão incrível em matéria de evolução que basta um mês sem ir ao super que o que tinha já não tem mais ou mudou de nome. Mas mais interessante do que o apelo visual das marcas é a americanização parcial do nome. Hidra Cachos, Hidra Liss, Long Strong, Oil Repair, Armado e com Frizz, Naturals Cachos Control, Naturals Maciez Prolongada, Naturals Queda Resist e o escambau. Não entendo o por quê, já que a maioria dos produtos que prometem beleza, resistência e maciez às melenas é extraído da nossa brasileiríssima amazônia. Se bem que não sei se alguém iria comprar um shampo com nome tipo “pixaim controlado”, ou “reparador de cabelo seboso”, ou “carapinha ajustada”. Pensando bem, é melhor deixar assim mesmo, afinal tem quem acredite que por dentro os shampoos são diferentes e por fora os resultados também. Parece até certos amigos que pintam, mas garantem que não pintam. Mas isso é como as instruções do rótulo: ninguém lê... ou ninguém acredita, mas o pior é que todo mundo repara, e se não reparava, vai começar a reparar a partir de agora.
Entre os homens que não se importam de dizer que pintam os cabelos está o Beto Moto. Ele pinta o cabelo de caju e nunca escondeu isso de ninguém, mas ultimamente anda se descuidando por causa da obra do restaurante no parque de eventos. Vez por outra ele aparece aqui na redação meio “mouro”, de tanto cimento e cal no cabelo. Aliás, o restaurante está prontinho, bonito e inaugura hoje, uma boa pedida para a sexta-feira. Feita a propaganda que deve render pelo menos uma dose de uísque, vamos aos que pintam os cabelos mas negam de pé junto. Quem conhece o Roque Radtke há mais de 30 anos, como eu, sabe que ele sempre usou aquele mesmo penteado e nunca usou barba. Sabem por que? Porque a barba denuncia quem pinta os cabelos. Barba branca aparecendo e cabelo sem nem um fio branco é sinal de tintura. O Jorge Mallmann é outro desses que diz que não pinta o cabelo, mas vez por outra é visto de barba branca. É outro que pinta. João Porto, da prefeitura: nenhum fio de cabelo branco e barba branca. É o mesmo caso. O Marcos Escobar já é uma exceção: tem barba branca mas não pinta o cabelo, e todo mundo sabe por que (não tem). E assim eu poderia elencar uma centena de pessoas que insistem em negar que pintam os cabelos, mas vamos respeitar suas opiniões, afinal, é um direito que lhes assiste.
Mas para não perder a olada, dia desses minha esposa pediu para comprar um condicionador de cabelos. Fui à prateleira dos cosméticos, uma das mais extensas, e fiquei boquiaberto com a variedade. Existe cremes para branco, índio, negro, cafuzo, mulato, mameluco e até para vegetarianos e para canibais. A coisa tá tão incrível em matéria de evolução que basta um mês sem ir ao super que o que tinha já não tem mais ou mudou de nome. Mas mais interessante do que o apelo visual das marcas é a americanização parcial do nome. Hidra Cachos, Hidra Liss, Long Strong, Oil Repair, Armado e com Frizz, Naturals Cachos Control, Naturals Maciez Prolongada, Naturals Queda Resist e o escambau. Não entendo o por quê, já que a maioria dos produtos que prometem beleza, resistência e maciez às melenas é extraído da nossa brasileiríssima amazônia. Se bem que não sei se alguém iria comprar um shampo com nome tipo “pixaim controlado”, ou “reparador de cabelo seboso”, ou “carapinha ajustada”. Pensando bem, é melhor deixar assim mesmo, afinal tem quem acredite que por dentro os shampoos são diferentes e por fora os resultados também. Parece até certos amigos que pintam, mas garantem que não pintam. Mas isso é como as instruções do rótulo: ninguém lê... ou ninguém acredita, mas o pior é que todo mundo repara, e se não reparava, vai começar a reparar a partir de agora.