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25/08/2009 16:56
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O incio de um rito em defesa do meio ambiente

A amizade entre o homem e o cavalo remonta os princípios da civilização, quando o animal começou a ser usado como meio de locomoção. Conduzindo os soldados nas guerras ou colaborando nas lides campeiras, o cavalo sempre foi presença obrigatória e bem amada na vida do gaúcho. Hoje, raramente ele puxa um arado, foi substituído pelo automóvel. Nas estradas, sua presença é cada vez mais rara. O processo de evolução da civilização é quase sempre sinônimo de agressão ao meio ambiente e, paralelamente, os costumes vão se perdendo pelos tempos.
Mas isso não é via de regra. Motivados pelo sentimento Farroupilha, uma peculiaridade dos gaúchos, um grupo de 14 cavaleiros se propôs a resgatar os valores dos tempos de antanho com a realização de uma marcha que, amanhã, deverá atingir seu final com 269 quilômetros de percurso. Trata-se da 1ª Cavalgada da Integração dos Vales do Rio Pardo e Taquari, organizada pelos Cavaleiros da Integração de Santa Cruz do Sul com o apoio do CTG Garrão de Potro e do PTG Cavaleiros da Paz.
Segundo um dos coordenadores da Cavalgada da Integração, Paulo Machado, a intenção dos cavalarianos é de levar uma mensagem de preservação ambiental a todos os moradores de beira de estrada por onde a cavalgada irá passar. Durante o percurso, que está sendo feito somente nas estradas de chão, o grupo aprecia e fotografa os pontos mais bonitos da natureza. O pequeno efetivo de participantes neste ano é justificado pelo coordenador em razão de tudo ter sido feito “em cima do laço”. Porém, para o próximo ano, a intenção é inserir a cavalgada no calendário de eventos de Santa Cruz do Sul e arrebanhar mais e mais cavalarianos imbuídos do mesmo espírito.
A cavalgada conta com presenças ilustres, como o presidente da Ordem dos Cavaleiros do Brasil, Nilson de Oliveira Rodrigues, acompanhado de sua esposa, Márcia, e do vice-presidente João Moraes. Também prestigia a aventura gaudéria o coordenador da 13ª Região Tradicionalista de Santa Maria, Erival Bertolini.

Importante
O grupo conta com o apoio das prefeituras dos municípios por que passam, da Afubra, da Coagrisol, da Farelos e Rações Sthein e do Posto 28. O pelotão de apoio é composto por uma Kombi e um caminhão e três pessoas responsáveis pela logística. À frente dos cavalarianos, um carroceiro leva os pendões nacional, do Rio Grande, de Santa Cruz do Sul e dos Cavaleiros da Integração.

O roteiro
A cavalgada partiu no dia 6 de fevereiro do CTG Garrão de Potro, em Santa Cruz do Sul, e já passou por Venâncio Aires, Monte Alverne, Sinimbu e Vale do Sol. Na terça-feira, 10, os cavalarianos estiveram em Candelária, oportunidade em que foram recepcionados pelo diretor de Esportes, Fernando Schmidt, no ginásio do Minuano, na Vila Fátima. Ao meio-dia o grupo almoçou e à noite jantou com os co-irmãos do CTG Sentinela dos Pampas para prosseguir a viagem na quarta-feira pela madrugada, com destino à localidade do Albardão. De lá, seguiram para Rio Pardo e Linha Sítio, onde ficam até hoje. A chegada prevista para amanhã, 14, no CTG Garrão de Potro, marca o encerramento da cavalgada.